sábado, 28 de fevereiro de 2009

Artistas do programa Bolsa Produção expõem seus trabalhos


Doze projetos foram contemplados na terceira edição do programa

Bolsa Produção, em 2008, e agora os artistas apresentam os resultados. O programa é financiado pelo Fundo Municipal da Cultura

A Fundação Cultural de Curitiba inaugura nos próximos dias 4 e 5 de março as exposições dos artistas contemplados no edital Bolsa Produção 2008, do Fundo Municipal da Cultura, que financiou a execução de projetos de artes visuais. Os artistas receberam bolsas que garantiram o desenvolvimento dos seus trabalhos ao longo de dez meses. As exposições ocupam o Centro Cultural Solar do Barão e o Memorial de Curitiba. No Solar do Barão, a abertura será às 19h de quarta-feira (4) e no Memorial de Curitiba, às 19h de quinta-feira (5).

O programa Bolsa Produção para Artes Visuais é uma iniciativa da Fundação Cultural de Curitiba, concebida com o objetivo de incentivar diretamente as manifestações de artes visuais desenvolvidas na cidade. Entre os 12 trabalhos apresentados estão esculturas, fotografias, pintura, vídeos e instalações. Os artistas participantes são Cláudia Washington, Fábio Noronha, Glauco Salamunec, Lílian Gassen, Juliana Burigo, Milla Jung, Marga Puntel, Ana Godoy, Marcelo Scalzo e Gláucia Flügel, e ainda os grupos Couve-Flor e Orquestra Organismo.

Com temas variados, os projetos seguem tendências contemporâneas, como é o caso do uso do vídeo e das tecnologias digitais, a ocupação de espaços urbanos e mesmo a desmaterialização da arte. Os projetos foram selecionados por uma comissão de especialistas composta pelos curadores Mário Ramiro e Daria Jaremtchuk, ambos de São Paulo, e pelos artistas paranaenses Goto, Elvo Benito Damo e Ana González (coordenadora do programa Bolsa Produção para Artes Visuais). Durante o desenvolvimento dos seus projetos, os artistas contaram com o acompanhamento dos integrantes da comissão de seleção. Com isso, puderam agregar, durante o processo, a opinião e a orientação de especialistas.

O programa foi instituído em 2005, sendo que o primeiro grupo de contemplados expôs suas pesquisas em abril de 2007. De acordo com o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Paulino Viapiana, o programa tem o mérito de apoiar o artista em todo o seu processo de criação. “Os resultados da terceira edição do Bolsa Produção mostram que investir no artista é tirar da arte o caráter de valor de mercado e instituir um outro tipo de valor - o da busca, da experiência, das possibilidades, da liberdade criativa e da integração entre as múltiplas linguagens”, diz.

A coordenadora do programa, a artista plástica Ana González, destaca alguns aspectos importantes desta edição. Ela observa que a presença de dois projetos coletivos, dos grupos Couve-Flor (formado por Elisabete Finger, Neto Machado e Ricardo Marinelli) e Orquestra Organismo (Lúcio de Araújo, Simone Bittencourt e Guilherme Sores), foi fundamental para essa etapa do programa. “A entrada dos projetos coletivos inaugura um tipo de produção artística que não tinha muita visibilidade e que, no entanto, está em perfeita sintonia com o que acontece na atualidade em todo o mundo”, explica Ana González.

Outra característica de muitos dos projetos expostos é o uso do vídeo como obra ou como parte do trabalho. “Esta é uma tendência que foi se acentuando no Bolsa Produção. A linguagem do cinema sempre atraiu e influenciou os artistas. Agora o vídeo surge com mais intensidade pela facilidade das tecnologias disponíveis. Além disso, o vídeo serve como registro do processo de criação e produção”, afirma a coordenadora.

Além das exposições estão programadas para o mês de abril mesas-redondas, lançamento do catálogo e projeção de vídeos feitos pelos artistas das três edições do Bolsa Produção. O lançamento do catálogo será no dia 14 de abril, às 19h, na Sala Scabi do Centro Cultural Solar do Barão. Em seguida, haverá uma mesa-redonda com a participação dos membros da comissão de seleção dos projetos do edital. Dias 15 e 16 de abril, às 19h, acontecem dois encontros de artistas com o público. As exibições de vídeos, em datas a serem definidas, serão realizadas na Cinemateca de Curitiba.

Confira a relação das exposições do programa Bolsa Produção e os locais onde estarão abertas:

Centro Cultural Solar do Barão

(salas do Museu da Gravura e Museu da Fotografia)

De 4 de março (abertura às 19h) a 3 de maio de 2009

INFILTRAÇÕES procedimento nômade para café, praça, vídeo e galeria, Couve-Flor Mini Comunidade Artística Mundial (Elisabete Finger, Neto Machado e Ricardo Marinelli)

ARMADILHA, Cláudia Washington

TENHO MEDO DE MIM, MESMO, Fábio Noronha

RAIOGRAFIAS GENEALÓGICAS, Glauco Salamunec

CAVERNA KERNEL, Orquestra Organismo (Lúcio de Araújo, Simone Bittencourt e Guilherme Soares)

BELVEDERE, Lílian Gassen

(Sem título), Juliana Burigo

DESERTO DE REAL, Milla Jung

BARALHO, Marga Puntel

Memorial de Curitiba

(Salão Paraná)

De 5 de março (abertura às 19h) a 3 de maio de 2009

MATÉRIA ETÉREA, Ana Godoy

DA PÁ VIRADA, Marcelo Scalzo

(Sem título), Gláucia Flügel

Serviço:

Exposições do programa Bolsa Produção

Centro Cultural Solar do Barão (Rua Carlos Cavalcanti, 533)

Horários – de terça a sexta-feira, das 9 às 12h e das 13h às 18h. Sábados, domingos e feriados das 12h às 18h.

Informações: 3321–3240. Agendamento de visitas monitoradas: 3321-3275

Memorial de Curitiba (Rua Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico)

Horários – de terça a sexta, das 9 às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 9h às 15h.

Informações: 3321- 3313. Agendamento de visitas monitoradas: 3321-3328

Entrada franca.

Parque Tingui tem shows musicais neste domingo


O programa Música nos Parques leva ao Parque Tingui, neste fim de semana, os shows dos músicos Hélio Sant’Ana, Rogéria Holtz e grupo Terra Sonora.

O músicos Hélio Sant’Ana, a cantora Rogéria Holtz e o grupo Terra Sonora são as atrações do programa Música nos Parques, que acontece neste domingo (1º), no Parque Tingui. Hélio Sant’Ana apresenta-se às 11h com o grupo Folguedeira; Rogéria Holtz sobe ao palco às 14h para mostrar o espetáculo No País de Alice; e às 17h é a vez do Terra Sonora, que apresenta o Som do Mundo nos Parques. O programa é desenvolvido pela Fundação Cultural de Curitiba, com a proposta de levar arte e lazer para a população curitibana.

No show com o grupo Folguedeira, Hélio Sant’Ana apresenta o resultado de suas pesquisas sobre as raízes culturais paranaenses. O grupo utiliza em seus arranjos elementos do fandango e da congada, trazidos para a modernidade por meio de fusões rítmicas e harmônicas com o samba, maracatu, forró, rock e jazz.

Rogéria Holtz mostra no espetáculo No País de Alice as músicas do CD de mesmo nome. O CD é composto por poemas de Alice Ruiz musicadas por seus vários parceiros, entre eles, Arnaldo Antunes, Zeca Baleiro, Itamar Assumpção, Alzira Espíndola, Waltel Branco e José Miguel Wisnik.

O grupo Terra Sonora apresenta-se às 17h, levando o espetáculo Som do Mundo nos Parques. O repertório foi especialmente elaborado para este show. É composto por músicas de celebrações, cerimônias, danças e festas populares tradicionais de várias partes do mundo. Além das composições que representam as tradições brasileiras, há também temas da Polônia, Síria, Portugal, Japão, Marrocos, Espanha, Itália, Turquia e Macedônia.

Serviço:

Música nos Parques

Local: Parque Tingui

Data: 1º de março de 2009 (domingo)

11h – Hélio Sant’Ana e grupo Folguedeira

14h – Rogéria Holtz no show No País de Alice

17h – Terra Sonora no show Som do Mundo nos Parques

Entrada franca

Solar do Barão abre inscrições para cursos de artes

Estarão abertas a partir da próxima segunda-feira (2) as inscrições para os cursos

que acontecem no primeiro semestre de 2009.

Na programação do Centro Cultural Solar do Barão (Rua Carlos Cavalcanti, 533) para o primeiro semestre do ano, constam mais de 20 opções de cursos que atendem a diversas áreas das artes plásticas. Além dos ateliês nas várias modalidades de gravura, há cursos de pintura, fotografia, desenho da figura humana com modelo vivo, história da arte e oficina de papel artesanal. As aulas terão início no dia 16 de março. As inscrições podem ser feitas no próprio Centro Cultural, a partir de 2 de março, com informações pelos telefones 3321-3373 e 3321-3240. Confira a relação de cursos ofertados:

Ateliê básico de gravura em metal e ateliê permanente
Ateliê livre de litografia

Litografando curitiba

A litografia e o uso do xerox

Ateliê básico de xilogravura e ateliê permanente

Livro de artista (xilo e linóleo)

Ateliê básico de serigrafia sobre papel e ateliê permanente

Serigrafia e procedimentos artísticos

Serigrafia, faça você mesmo

Ateliê básico de gravura em metal e ateliê permanente
Ateliê básico de gravura em metal e ateliê permanente

Ateliê de criação com linóleo e materiais e hipertipia

Desenho de observação

Desenho da figura humana com modelo vivo – enfoque em anatomia artística

Ateliê livre com modelo vivo para artistas e estudantes

Oficina de pintura

Fotografia em laboratório p/b

Decoração e história da arte

História da arte abstrata

História da gravura

História da gravura brasileira

Arte como pensamento e invenção

Oficina de papel artesanal

Serviço:

Cursos do 1º semestre de 2009

Centro Cultural Solar do Barão (Rua Carlos Cavalcanti – 533)

Inscrições abertas a partir de 2 de março de 2009

Início dos cursos: 16 de março de 2009

Período: 16/03 a 30/06/09

Informações: 3321-3373 ou 3321-3240

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

PROMOÇÃO SEXTANTE - SUPLEMENTO CULTURAL



ESTES SÃO OS DEZ GANHADORES DA PROMOÇÃO SEXTANTE - SUPLEMENTO CULTURAL por ordem de chegada de e-mail e com a resposta certa


Rafael Henrique Cruz de Sousa Santana - São Paulo/SP

Weruska Mesquita Sandim
Curitiba/PR

Darlan James Pergher
São José dos Pinhais/PR


Wladimyr Marques
Centro - Curitiba/PR

Marcos Duarte
Curitiba/PR Valdir Candeo Centro - São Paulo/SP

Fernanda de Oliveira e Silva Colcerniani
Pompéia - Belo Horizonte/Minas Gerais

NILTON DE GOES PINTO Caixa D' água - SALVADOR/BAHIA

CARLOS AUGUSTO ROLON ALMIRON
Curitiba/PR

Carlos Kenji Koketsu
Curitiba/PR

Os residentes no Paraná poderão retirar seu livro das 10:00 hrs às 18:00 hrs
de segunda a sexta, Rua Alfredo Bufrem, 51 - Centro - Curitiba os dos demais estados receberão o livro A FARSA, da Editora Sextante em seus endereços que constam nos e-mails.

AGUARDEM NOVAS PROMOÇÕES

Cinemateca promove estréias de filmes curitibanos

No próximo domingo, dia 1º de março, a Cinemateca de Curitiba irá exibir uma sessão especial com o lançamento de cinco filmes produzidos por alunos do Curso de Cinema Digital do Centro Europeu, o único do gênero no estado do Paraná. A comédia satírica Patrulha e o drama psicológico O Sonho de Rhonabry serão as grandes atrações da programação, que terá início às 20h.

Com roteiro de Paulo Perazzoli e direção de Mário Schaffer e Marcel Talamini, Patrulha faz uma divertida paródia do tradicional gênero de filmes policiais americanos, apresentando a história de dois agentes atrapalhados envolvidos em uma missão complicada e repleta de subtramas. Já O Sonho de Rhonabry, dirigido por Cristiano Cardoso e com roteiro de André Osna, conta a história de Arthur, um escritor de sucesso que tem sua vida atormentada por fantasmas interiores que o perseguem desde a infância.

Para completar a noite, serão exibidos os filmes Por Caridade, Santa Sacanagem e Corte Súbito, três trabalhos desenvolvidos especialmente para mídias digitais (internet, celular, mp4, entre outros). As exibições especiais da Cinemateca, no próximo domingo, serão gratuitas. Mais informações pelo telefone (41) 3222-6669 ou no site www.centroeuropeu.com.br.

Curso de Cinema Digital

Supervisionado por Fernando Severo (WG7BR Produções), Diego Lopes (Oger Sepol Produções) e Gil Baroni (WG7BR Produções), o curso do Centro Europeu tem duração de um ano e conta com uma infraestrutura completa, com equipamentos e estúdio que permitem a produção de trabalhos de ficção e documentários, dando aos alunos uma base sólida de conhecimentos para criação, com ênfase nos principais aspectos artísticos e técnicos.

Após a conclusão do curso, os alunos poderão explorar um mercado cada vez mais aberto para profissionais que dominam as novas tecnologias de realização e exibição audiovisual. Além de trabalhar em produções voltadas para o circuito cinematográfico, os profissionais poderão atuar em emissoras de televisão, canais de TV a cabo, produtoras de filmes publicitários, institucionais e videoclipes, produtoras de conteúdo audiovisual para internet e na produção de diversas modalidades de multimídia.

VERGONHA - Em resposta ao editorial da Folha, publicado no último dia 17/02, em que classificou o regime militar vigente no Brasil entre 1965 e 1984

Em resposta ao editorial da Folha, publicado no último dia 17/02, em que classificou o regime militar vigente no Brasil entre 1965 e 1984 como uma “ditabranda”, um grupo de intelectuais lançou, no último sábado (21/02), um manifesto e abaixo-assinado em “repúdio à arbitrária e inverídica revisão histórica”.

“Ao denominar ‘ditabranda’ (...) a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização do país. (...) O estelionato semântico manifesto pelo neologismo ditabranda é, a rigor, uma fraudulenta revisão histórica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensão das liberdades e direitos democráticos no pós-1964”, diz o manifesto.

O documento também critica a posição da Folha que chamou de “cínica e mentirosa” a indignação dos professores Maria Victoria de Mesquita Benevides e Fábio Konder Comparato. Os dois enviaram cartas à redação, que foram publicadas no Painel do Leitor do dia 20/02. A resposta da redação aos dois foi criticada até pelo Ombudsman do jornal, Carlos Eduardo Lins da Silva, que, normalmente, não avalia as opiniões publicadas.

“Um editorial com referência ao regime militar brasileiro provocou cartas publicadas no ‘Painel do Leitor’. Resposta da Redação a duas delas na sexta fogem do padrão de cordialidade que julgo essencial o jornal manter com seus leitores”, afirmou o ombudsman em sua coluna no último domingo.

Entre os intelectuais que assinam o manifesto estão nomes de destaque, como o do professor aposentado da USP Antônio Cândido; dos professores da USP Dalmo de Abreu Dallari e Emir Sader; e do diretor do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França, Michel Löwy. Até o momento, a petição online conta com 3.116 assinaturas.

As vozes contrárias ao editorial encontraram apoio no editor de Brasil da Folha, Fernando de Barros e Silva. Em artigo publicado na última terça-feira (24/02), sob o título de “Ditadura, por favor”, o jornalista afirma que a posição do jornal em classificar o regime militar como “ditabranda” é “mais do que um erro, um sintoma de regressão”.

“Algumas matam mais, outras menos, mas toda ditadura é igualmente repugnante. Devemos agora contar cadáveres para medir níveis de afabilidade ou criar algum ranking entre regimes bárbaros?”, questiona Barros e Silva.

A direção da Folha não se manifestou.


PEDIMOS AOS NOSSOS LEITORES QUE SE MANIFESTEM

e através do link assinem o manifesto

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

LANÇAMENTO COM UM TOQUE DE MAGYA

Best-seller mundo afora,
Magya, primeiro livro
da bem-sucedida série
Septimus Heap, assinada
pela inglesa Angie Sage,
será lançado no melhor
estilo “mágyco”. No dia
7 de março (sábado), a
partir das 17h, o Mágico
Merlin se apresenta na
Livraria da Travessa do
BarraShopping (Av. das
Américas, 4.666 – nível
Américas, loja 220). No
domingo, 8 de março,
a “magya” se repete na
Livraria da Travessa do
Shopping Leblon (Rua
Afrânio de Melo Franco,
290, loja 205), no
mesmo horário.

ADRIANA LISBOA NA "TERRINHA"

Consolidando cada vez
mais seu nome no exterior,
Adriana Lisboa comemora
a boa fase de sua carreira.
A escritora carioca acaba
de lançar em Portugal, em
bela edição, seu romance
mais recente, Rakushisha,
obra inspirada nos haikais
do poeta japonês Matsuo
Bashō. Ainda este ano,
o romance Sinfonia em
branco, já publicado
em Portugal e na Itália,
sairá no México, pela
Alfaguara; nos EUA, em
uma coleção de autores
latino-americanos, pela
Editora da Universidade
do Texas; e na França,
pela Métailié.

Paula Browne lança - Vários mundos

Sábado, 7 de março,
a partir das 11h, na
Arlequim (Praça XV
de Novembro, 48),
no Rio de Janeiro:
Paula Browne lança
Vários mundos – Burle
Marx além das paisagens.

Salgueiro é a escola campeã do carnaval do Rio. Beija-Flor é vice

Com 399 pontos, um a mais que a vice-campeã Beija-Flor, o Salgueiro foi declarado campeão do Grupo Especial das escolas de samba de Rio de Janeiro. Emoção e nervos à flor da pele marcaram a tarde desta quarta-feira, 25, na Sapucaí. A apuração das notas do Grupo Especial do Rio de Janeiro testou o coração de quem acompanhou a disputa que deu o título de campeã à escola Salgueiro.

Império Serrano cai para o Grupo de Acesso A

O Império Serrano foi rebaixado para o Grupo de Acesso A do carnaval do Rio de Janeiro no final da tarde da quarta-feira de cinzas. A apuração, que aconteceu na Marquês de Sapucaí, marcou a volta do Império para o Grupo de Acesso A, no qual competiu em 2008.

A escola do bairro de Madureira, zona norte carioca, foi fundada em 19847, por Mano Décio da Viola, Silas de Oliveira, Sebastião de Oliveira (Molequinho), entre outros, em reunião na casa de Dona Eulália do Nascimento. A agremiação já conquistou o título de campeã do Grupo Especial nove vezes.

Em 2009, O Império trouxe novamente para a avenida o samba “A lenda das sereias e os mistérios do mar”, já apresentado em 1976. Na ocasião, o enredo conquistou o 7º lugar do Grupo 1. Samba-enredo, aliás, foi o único quesito em que a escola obteve nota máxima de todos os jurados.

PROGRAMAÇÃO CLUBE LITERÁRIO DO PORTO

:: Dia 27 | Sexta-feira

Auditório

19h00

Exibição do filme ryan Entrevista de Iris Murdoch a BMagee. «Philosophy and Literature»: Colóquio Internacional nos dez anos do desaparecimento de Iris Murdoch.

Convidada

Prof. Dra Anne Rowe, Directora do Centre for Iris Murdoch Studies, Kingston University.

Organização

Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa

FLUP - Faculdade Letras Universidade Porto

Piano-bar

23h00

Jazz no Clube

Marco Figueiredo (piano) Isabel Ventura (voz)

VOLTAR

:: Dia 28 | Sábado

Auditório

9h30 - 13h00

Seminário

Curso completo de Osteopatia.

14h30 - 19h30

Seminário

Curso completo de Osteopatia.

21h30

Lançamento do livro «Amargos Saberes»

de J.H. von Hafe Pérez

Prof. Sério Fernandes, Dr. Sousa Dias, Pedro Tabosa da Pena.

Piano-bar

18h00

Apresentação do livro de poesia

«A porta verde do sétimo andar», Ed. Colectivo de Galiza

18h30 - Inauguração.

Exposição

FOTOGRAFIA

Casa D'Avó

de André Chiote

Até 28 de Março.

.

23h00

Recordações dos Festivais da Canção

Nuno Caçote (piano)

O pianista/"entertainer" Nuno Caçote, presença habitual no CLP, presenteia-nos desta vez com uma noite temática intitulada «Recordações do Festival da Canção». Quem não se lembra de temas como a Desfolhada, E depois do Adeus ou O conquistador!

Durante cerca de 1 hora, venha divertir-se e recordar estes e outros temas portugueses no nosso café-concerto na companhia de Nuno Caçote nesta agradável e original tertúlia."


c l u b e l i t e r á r i o d o p o r t o | aberto de segunda a domingo, das 13h à 1h

Rua Nova da Alfândega, 22 | 4050-430 PORTO Telefone 222 089 228 | ver localização



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Gigi Balangandã











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O BRASIL NO CONTEXTO

O BRASIL NO CONTEXTO
Jaime Pinsky(Org.)

"A Redemocratização e a Editora Contexto têm, aproximadamente, a mesma idade. Este livro é um balanço do Brasil de 1987 até hoje. A escolha do período, que coincide com o tempo de existência da Contexto, não foi acidental. Vinte anos dão uma perspectiva suficiente para uma análise do que vem acontecendo com o país. "

Este livro, comemorativo dos vinte anos da Editora Contexto, traça um panorama do Brasil de 1987 até hoje. A escolha do período, que coincide com o tempo de existência da Contexto, não foi acidental. Vinte anos dão perspectiva suficiente para uma análise do que vem acontecendo com o país. Será que os sonhos daqueles que vêm lutando pela democracia, pelo voto universal, por uma sociedade mais justa, pelo acesso de todos a uma educação pública de qualidade, pelo direito universal à cultura foram, estão sendo, ou têm perspectivas de se realizarem? Para responder a essas questões, reunimos um time de primeira, um conjunto de autores da Editora Contexto que se dispuseram a escrever um balanço em suas especialidades. Políticos, jornalistas, sociólogos, historiadores, educadores e leitores em geral encontrarão nesta obra uma ferramenta bem-vinda para repensar o Brasil.

trecho do livro

um lançamento da

JÁ NAS BANCAS E LIVRARIAS

JÁ NAS BANCAS E LIVRARIAS a
Edição 19 de



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http://www.revistabrasileiros.com.br/

Mocidade Alegre vence carnaval de São Paulo

Com enredo que falou do coração, vice-campeã de 2008 leva o título deste ano

A Mocidade Alegre é a campeã do Grupo Especial das escolas de samba de São Paulo. Com o enredo “Da chama da razão ao palco das emoções... Sou máquina, sou vida... Sou coração pulsando forte na avenida!!!”, a escola falou sobre o coração.

Seis vezes campeã do carnaval paulista e vice-campeã em 2008, a escola, que despontou como uma das principais candidatas ao título em 2009 ao prestar uma homenagem às emoções humanas, conquista mais um título.

A atual vice-campeã do Grupo Especial das escolas de samba de São Paulo fez um desfile que repetiu a qualidade técnica do ano passado e empolgou o público presente.

Os pontos altos da Mocidade Alegre foram a ousadia nas cores das alegorias e a coreografia da bateria. O quarto carro alegórico, Coração, Cenário de Paixões, inovou ao soltar milhares de balões vermelhos pelo Anhembi, surpreendendo os presentes.

Originária do bairro do Limão, na Zona Oeste, a Mocidade Alegre levou para a avenida cerca de 3,1 mil componentes, em 25 alas e cinco carros alegóricos.

O último título da Mocidade Alegre foi conquistado em 2004, com o samba-enredo “Do Além-Mar à Terra da Garoa, Salve esta Gente Boa”. O nome da escola é inspirado em um bloco que costumava desfilar no centro de São Paulo, com homens vestidos de mulheres.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Apuração de SP tem novo horário

A apuração das notas dos desfiles das Escolas de Samba dos grupos "Especial" e "Acesso" paulistanos tem um novo horário. O evento, que acontece no Sambódromo do Anhembi, pela primeira vez será às 16h.

Nove quesitos serão analisados: samba enredo, comissão de frente, evolução, mestre-sala e porta-bandeira, harmonia, bateria, enredo, fantasia e alegoria. De acordo com o regulamento deste ano, serão quatro jurados por quesito, sem descarte de notas. Em 2008, eram três jurados com descarte das maiores e menores notas. O sorteio da ordem de apuração dos quesitos será feito antes da leitura das notas.

Duas escolas descerão para o Acesso, enquanto duas do Acesso passam a integrar o Grupo Especial. No ano passado, Águia de Ouro e Camisa Verde foram rebaixadas e Unidos do Peruche e Leandro de Itaquera subiram para o Especial.

Na sexta-feira (27) a partir das 22h, as escolas vencedoras voltam a desfilar no Sambódromo, no Desfile das Campeãs. Os ingressos custam a partir de R$ 25 e estão à venda no Anhembi, Ginásio do Ibirapuera, entre outros. Mais informações no www.ingressofacil.com.br.

Ordem de desfiles das Campeãs

1ª - 2ª colocada do Grupo de Acesso (vice-campeã)
2ª - 1ª colocada do Grupo de Acesso (campeã)
3ª - 5ª colocada do Grupo Especial
4ª - 4ª colocada do Grupo Especial
5ª - 3ª colocada do Grupo Especial
6ª - 2ª colocada do Grupo Especial (vice-campeã)
7ª - 1ª colocada do Grupo Especial (campeã)

Apuração das notas dos desfiles do Grupo Especial e de Acesso Terça-feira (24/02), às 16h - entrada 1 Kg de alimento não perecível Sambódromo do Anhembi - portão 14 - setor B (Marginal Tietê)

Disputa acirrada no Rio

Na primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro, a disputa entre as seis escolas foi equilibrada. Mas o que corre nos bastidores é que quem se deu melhor foram as "azuis e brancas", Vila Isabel e Beija-Flor. As duas escolas exibiram alegorias e fantasias luxuosas, levantaram o público e entraram na briga pelo título.

O Império Serrano, que retornou ao Grupo Especial, primeira a desfilar, levou a Sapucaí, oferendas a Iemanjá, homenagens ao deus Netuno e imagens de sereias. Um dos destaques foi a inovação da comissão de frente, que usou uma espécie de patinete motorizado, o "segway", para realizar manobras. A escola cantou o enredo "A lenda das sereias e os mistérios do mar", de 1976 desenvolvido pela carnavalesca Márcia Lávia e interpretado por Nego. O ponto forte do desfile foram as paradinhas e coreografias da bateria de Mestre Atila com a rainha Quitéria Chagas.

A Acadêmicos do Grande Rio, que gastou por volta de 8 milhões foi a segunda a entrar na Passarela com o enredo "Voilá, Caxias! Para sempre Liberté, Egalité, Fraternité, Merci beaucoup, Brésil! Não tem de quê", na voz de Wantuir. A escola levou 3,8 mil componentes, distribuídos em 33 alas e sete carros alegóricos e muitos famosos como já vem acontecendo nos anos anteriores. A Comissão de frente teve problemas, o componente que veio em cima de um tripé representando o Rei Luis XIV caiu em frente a cabine de jurados.

A Unidos de Vila Isabel, que teve a volta de Martinho da Vila ao desfile foi a terceira escola a cruzar a Sapucaí. A escola lembrou os 100 anos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, um dos cartões-postais da cidade. Os carros alegóricos lembraram peças teatrais de Nelson Rodrigues e bailes de gala que marcaram a história do Theatro.

A quarta escola a desfilar foi a Padre Miguel, que teve um princípio de incêndio em seu carro abre-alas, ainda na concentração, que foi rapidamente controlado pelos bombeiros. Segundo o diretor do abre-alas da escola, o incêndio no carro alegórico não interferiu no desempenho da escola. Antes do incêndio, o carnavalesco Cláudio Cavalcante, o Cebola foi atropelado pelo Abre Alas. A escola mostrou o enredo "Clube Literário - Machado de Assis e Guimarães Rosa... Estrelas em poesia!" em 81 minutos.

A bicampeã Beija-Flor, que trouxe um enredo sobre as origens históricas do banho, com mais de sete mil litros de água em seus carros alegóricos foi a penúltima a entra na Marques. A escola de Nilópolis luta pelo tricampeonato. Antes do inicio do desfile foi celebrado o casamento do intérprete Neguinho da Beija-Flor com Elaine Reis com cerimônia em pleno Sambódromo.

A Unidos da Tijuca, última escola a desfilar, teve problemas com um de seus carros, logo no início do desfile. O problema foi resolvido, mas atrasou a evolução das alas. A Tijuca, que tem como rainha, a apresentadora Adriane Galisteu dedicou seu desfile a uma aventura espacial, com o tema "Tijuca 2009: uma odisseia sobre o espaço", que teve naves espaciais e cenários da série "Guerra nas estrelas".

A enquete realizada com os telespectadores da TV Globo aponta empate entre as escolas Império Serrano, Grande Rio, Mocidade e Beija-Flor, com nota 9,1. A Vila Isabel aparece com 9,0, e a Unidos da Tijuca, com a nota 8,0.

Na noite desta segunda-feira (23) desfilam as escolas Porto da Pedra, Salgueiro, Imperatriz Leopoldinense, Portela, Mangueira e Viradouro.

POESIA












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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Acadêmicos da Realeza é bicampeã do carnaval de Curitiba


A Embaixadores da Alegria ficou em segundo lugar e a Leões da Mocidade ficou em terceiro

A escola de samba Acadêmicos da Realeza foi eleita bicampeã do carnaval de Curitiba no Grupo A. O resultado foi anunciado pela Comissão Executiva do Carnaval neste domingo (22). A Embaixadores da Alegria ficou em segundo lugar e a Leões da Mocidade ficou em terceiro. “Ganhou a escola que conseguiu levar para a passarela seu melhor trabalho”, disse o presidente da Comissão, Jaciel Teixeira. “Tivemos um carnaval da família curitibana, com muita paz e alegria, sem violência e sem atropelos.”

A Acadêmicos da Realeza desfilou com 280 integrantes na passarela montada pela Prefeitura de Curitiba e Fundação Cultural na avenida Cândido de Abreu. O enredo era uma homenagem ao centenário do Coritiba Futebol Clube: “Do Alto da Glória para 100 anos de História”. Duas alas da escola chamavam atenção em especial, por representar os rivais Clube Atlético Paranaense e o Paraná Clube.

“Procuramos falar sobre uma cultura de paz no futebol, mostrando que carnaval e futebol são para pessoas alegres e não para pessoas violentas. É possível se divertir em paz”, disse o diretor da escola, Paulo Roberto Scheunemann. A escola tem 13 anos de existência e esta é a sétima vez que conquista o título de campeã.

No Grupo B a vencedora foi a escola de samba Unidos do Bairro Alto, que com este resultado poderá desfilar pelo Grupo A em 2010. A escola Os Internautas ficou em segundo lugar. A Unidos de Pinhais foi desclassificada, porque não entrou na passarela com o número mínimo de integrantes. Estava com 125 integrantes e o mínimo era de 160.

AVENIDA— O desfile dos blocos e escolas de samba de Curitiba atraiu cerca de 15 mil pessoas para a passarela montada pela Prefeitura de Curitiba e Fundação Cultural na avenida Cândido de Abreu neste sábado (21). Os foliões divertiram-se ao som dos puxadores dos sambas-enredo dos blocos e escolas de samba que desfilaram na avenida com carros alegóricos e fantasias coloridas.

O desfile começou por volta das 19h30, sob uma chuva intensa, que impediu a participação do bloco Rancho das Flores. Formado por pessoas da terceira idade, o bloco Rancho das Flores tornou-se tradição no carnaval curitibano. A Acadêmicos da Realeza, escola campeã do Carnaval 2008, pelo Grupo A, foi a última a desfilar e saiu da avenida por volta das duas horas da manhã.

O carnaval deste ano em Curitiba foi comandado por um rei momo atípico – considerado magro para os padrões tradicionais. Mauro Tibúrcio, ou Mauro Carioca, ladeado pela elegante rainha Roseana Oliveira e pela delicada princesa Ligia Bueno, não poupou energia puxando o cortejo da festa. Nem a chuva que seguiu pela noite incomodou. "Para Curitiba, consagrada como a cidade das quatro estações num só dia, acho muito normal ter carnaval com chuva, com frio ou calor. O que não pode faltar é alegria", disse o rei momo.

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A cobertura fotográfica adulta em

Olhos de menina

Olhos de menina
de Susan Fletcher Trien

Páginas: 336

Depois da morte da mãe, Evie, então com oito anos, é levada para uma nova vida no País de Gales — um lugar úmido, onde flores aparecem misteriosamente na porta das casas, e as pessoas a olham com desconfiança. Sempre com a sensação de que estão lhe escondendo algo, ela se lança na tentativa de descobrir o terrível segredo de sua família — sem adivinhar que, quando uma menina do lugar desaparece, haverá ainda mais coisas terríveis a serem reveladas.

Agora, passados muitos anos, enquanto aguarda o nascimento do primeiro filho, Eve Green relembra aquele verão galês — suas mentiras, sua raiva, seu comportamento imprudente na caça ao raptor de Rosie e o modo como, por meio de sua dor reprimida e de suas estranhas amizades, acabou por aprender difíceis lições — sobre confiança, identidade, culpa e amor — e como sobreviver depois que o amor se foi.

A AUTORA
Susan Fletcher
nasceu em 1979, em Birmingham. Cresceu em Solihull, região central da Inglaterra, e hoje vive em Stratford-upon-Avon. Graduou-se em Língua Inglesa pela Universidade de York e, logo depois, foi "mochilar" na Austrália e Nova Zelândia. Cursou mestrado em Redação Criativa na Universidade de East Anglia (UEA). Olhos de menina é seu primeiro romance, que lhe valeu os prêmios Whitbread First Novel Award (2004) e Authors’ Club Best First Novel (2005). Seu segundo livro, Oystercatchers, foi publicado em 2007.

Um lançamento








sábado, 21 de fevereiro de 2009

PROGRAMAÇÃO CARNAVAL CURITIBA

Bailes - Localizado na Rua Ourizona, 1.681, a uma quadra da Rua da Cidadania, o Ginásio do Bairro Novo abrigará os bailes infantil e adulto, com edições na segunda e terça-feira (23 e 24), sob o comando da Banda Lefigarroo. Para a criançada, a diversão vai das 15h às 19h, sendo que o horário para os adultos é das 20h à meia-noite. A entrada é franca e não será permitido o consumo de bebida alcoólica e cigarro.

Avenida – No sábado de Carnaval, o desfile na Avenida Cândido de Abreu será em homenagem a Domingos Antonio Kalva, uma das pessoas que mais contribuíram para a realização da festa, ao longo dos anos. Falecido no ano passado, Kalva deixa um legado de envolvimento constante com as manifestações culturais populares.

O desfile começa com os blocos Afoxé, Derrepent e Rancho das Flores, tradicional grupo da terceira idade que está comemorando 20 anos de existência. Na sequencia, vêm as escolas do grupo de ascensão, que reúne as agremiações Unidos de Pinhais, Unidos do Bairro Alto e Os Internautas. Depois, entram na Avenida as escolas do Grupo A, formado por Leões da Mocidade, Embaixadores da Alegria e Acadêmicos da Realeza.

A agremiação Unidos de Pinhais marca o centenário de nascimento de Cartola, comemorado no ano passado, apresentando “Saudade, Gratidão, Mestre Cartola Verde-Rosa é Tradição”. O enredo lembra a vida e a obra do compositor falecido em 1980, símbolo da Mangueira e um dos nomes mais importantes da história do samba. A escola Unidos do Bairro Alto leva para a Avenida a preocupação com o meio ambiente, dentro do tema “Reciclagem: Lição de Todo Dia”. Um mergulho na memória de outros carnavais é o que promete a escola Os Internautas, com o enredo “Lembranças do Palhaço”.

A Leões da Mocidade abre o desfile das escolas do Grupo A, com a criação “Do seu povo sua glória... o nordeste passa por aqui”, abordando os costumes e tradições dos nordestinos que ajudaram a construir o Brasil. “Um beijo no seu coração” é o tema da Embaixadores da Alegria, que conta a história do beijo, desde as primeiras referências ao ato, além de curiosidades sobre o toque de lábios. A Acadêmicos da Realeza, escola campeã de 2008, encerra o desfile com “Do Alto da Glória... Para 100 Anos de História”, retratando a trajetória do Coritiba Futebol Clube, considerado um dos patrimônios esportivos do Paraná.

FOLIA CULTURAL NO PORTO

Dia 21 de Fevereiro, Sábado
INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO "As meninas"
Galeria - 17h30
O trabalhos de Antónia Gomes distinguem-se por um imaginário em que o social aparece como uma forma oculta de realidades que tem muito a ver com as problemáticas humanas do nosso tempo, justificando-se uma maior difusão da sua obra, pois cultiva valores de modernidade que não passam despercebidos ao observador mais atento. As suas aguarelas, além de denunciadoras, reflectem uma linguagem solta e um sentido de libertação que singulariza a obra da artista no seu tempo. Trata-se, no conjunto, de personagens humanas envolvidas de mistério e de sofrimento, mas ao mesmo tempo ansiosas de uma intensa liberdade que afaste para sempre os mais ocultos constrangimentos.

Surge, assim, na sua obra uma fuga para a frente, em que a artista e revela desejosa de atravessar o portal da esperança. Antónia Gomes, tem uma maneira muito peremptória de trabalhar a sua aguarela em que resultam planos e segmentos, reforçados de gestualismos espontâneos e certeiros, que conferem uma expressão pictórica livre e uma solidez quase abstracta as suas personagens.

A exposição de pintura de Antónia Gomes poderá ser visitada na Galeria do CLP até ao final do mês de Fevereiro.

MELODIAS DE SEMPRE: Sandra Botelho e Alberto Mendonça
Piano Bar - 23h00
As melodias de sempre no Piano Bar do Clube Literário, esta noite, com música de Sandra Botelho (canto) e Alberto Mendonça (piano).
Dia 22 de Fevereiro, Domingo
CAFÉ FILOSÓFICO
Piano Bar - 16h00

Clube Literário do Porto
Rua Nova da Alfândega, n.º 22
4050-430 Porto
T. 222 089 228
Fax. 222 089 230
Email: clubeliterario@fla.pt
URL: www.clubeliterariodoporto.co.pt
BLOGUE: http//www.clubeliterariodoporto.blogspot.com

VISIONÁRIOS

VISIONÁRIOS

A produção audiovisual na América Latina

Realização conjunta com o Instituto Itaú Cultural

Local: Cinemateca de Curitiba

Rua Carlos Cavalcanti, 1.174

De 2 a 10 de março de 2009

Entrada franca

Classificação 14 anos para todos os filmes

Filmes com legendas em português

Visionários reúne obras audiovisuais de artistas latino-americanos, compondo um panorama da produção contemporânea nestes meios. A seleção dos 73 trabalhos foi realizada a partir de uma divisão que fracionou a América Latina em quatro regiões de referência:

- Curadoria de Jorge La Ferla: Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai - composta por dois programas com 60 minutos de duração cada.

- Curadoria de Elias Levin: México e países da América Central e Caribe - composta por dois programas com 60 minutos de duração cada.

- Curadoria de Marta Velez: Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela e Cuba - composta por dois programas com 60 minutos de duração cada.

- Curadoria de Roberto Moreira dos S. Cruz: Brasil - composta por um programa com 60 minutos de duração.

A mostra apresenta ainda uma seleção antológica de filmes que são referência no contexto da produção experimental da América Latina, entre os anos de 1958 e 1992. Esta curadoria ficou a cargo de Arlindo Machado e é composta por dois programas com 60 minutos de duração cada.

ANTOLOGIA HISTÓRICA

Brasil

Seleção 1 Curadoria de Arlindo Machado

Dia 02, às 20h:

Programa I: PARADIGMAS DO EXPERIMENTAL

Seleção de vídeos e filmes que buscam alternativas diferenciadas em termos de temáticas e estilos e que são em geral realizados em bitolas e formatos não estandardizados, escapando dessa forma às regras e estereótipos do mercado internacional de audiovisual.

O Pátio (35 mm) – Brasil, 1958 – 12’43

Glauber Rocha

Num terraço de azulejos em forma de xadrez, em Salvador, um rapaz e uma moça evoluem lentamente: se tocam, rolam pelo chão, se distanciam e se olham. Os planos das mãos e dos rostos são intercalados com planos da vegetação tropical e do mar. Filme quase abstrato, rigorosamente encenado e com fortes referências do construtivismo e da arte concreta, além de dialogar com a pedra inaugural do cinema experimental latino-americano: Limite (1930), de Mário Peixoto.

Cosmorama (35 mm) – Cuba, 1964 – 4’32”

Enrique Pineda Barnet

O filme de Barnet é baseado na obra Cosmorama de Sandú Darié, artista romeno que introduziu a arte abstrata e cinética em Cuba. Trata-se de um “poema espacial”, como diz o subtítulo do filme, com formas e estruturas em movimento, com luzes e cores que produzem imagens plásticas em constante desenvolvimento. A trilha sonora de alta complexidade é resultado da mixagem de 13 diferentes pistas de som. Embora realizado em 35 mm, é considerado o precursor da vídeo-arte em Cuba.

Que en Pez Descanse (vídeo Umatic) – Venezuela, 1986 – 16’22

Nela Ochoa

As vivências de uma mulher cuja infância esteve rodeada de gestos e ritos religiosos, na quais se misturam tradições e crenças de origem popular, como aquela que ditava: “todo aquele que se banhar na Sexta-Feira Santa se transformará em peixe (pez, em espanhol)”. Vídeo poderoso visualmente, com uma mise-en-scène ritualística e alguns toques buñuelianos, concebido por uma pioneira da vídeo-arte na Venezuela.

Espectador (vídeo Umatic) – Cuba, 1989 – 6’52

    Enrique Álvarez

Considerado o primeiro exemplo de vídeo-arte cubana, este trabalho lida com a ambigüidade da condição do espectador de televisão, de um lado autoconsciente de sua própria exterioridade com relação ao mundo televisivo e, de outro, prisioneiro da pequena tela, em decorrência dos mecanismos de projeção e identificação com que trabalha a mídia.

    Ofrenda (super-8) – Argentina, 1978 – 4’21”

    Claudio Caldini

Uma espécie de dança das flores, cintilante e multicromática, com resultados visuais quase abstratos. Uma bela aula de edição e de sincronização imagem-som, orquestrada pelo mestre do cinema experimental na Argentina.

00:05:23:27 (vídeo Hi-8) – Colômbia, 1997) – 4’47’’

Gilles Charalambos

O vídeo utiliza uma frequencia de edição com transformações a cada cinco quadros, a uma velocidade de seis intermitências por segundo, o que produz fases de ondas cerebrais em ritmo teta. Este último se parece muito ao ritmo alfa, mas de uma forma mais lenta: sua frequencia é de quatro a sete hertz e aparece em sensações de prazer e de dor, assim como nos sonhos e estados de agressividade. Pode-se também dizer que é um ritmo emocional.

Adán y Eva en el Paraiso de Judith Gutiérrez (16 mm) – Equador, 1982 – 6’30”

Paco Cuesta

Um passeio pela obra da destacada pintora equatoriana Judith Gutiérrez, em que as figuras e paisagens do paraíso perdido ganham vida através do extraordinário trabalho de animação e da complexa sincronização sonora. O filme havia sido perdido e só recentemente se encontrou uma cópia em avançado estado de deterioração. Infelizmente, as fortes cores da pintura de Gutierrez se perderam com o tempo e hoje o filme só pode ser visto em preto e branco.

Amina Mar (super-8 transferido manualmente a 16 mm) – Equador, 1990 – 2’40’’

Miguel Alvear

A base do filme é um material gravado há muitos anos – em super-8 e sem som – da filha do realizador, visitando pela primeira vez o mar. A película foi editada caseiramente com uma máquina de visualização e fita adesiva e, algum tempo depois, transferida para 16 mm através de uma optical printer, explorando o desgaste e os detritos produzidos sobre a emulsão pelo passar dos anos. Finalmente, mais algum tempo depois, ela foi transferida para vídeo e a ela o realizador acrescentou uma trilha sonora com o primeiro Arabesque, de Claude Debussy. Pura epifania.





Dia 03, às 20h:

AO SUL DO CONE SUL

Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai

Seleção 1 Curadoria de Jorge La Ferla

Programa I: RELATOS NA FRONTEIRA

Oito olhares sobre as relações entre o vídeo e os meios audiovisuais para realizar possíveis relatos de um contexto público ou privado. Com base nas histórias mínimas dos protagonistas, diversas leituras de travessias por um presente atemporal e a um passado remetem-nos a crônicas memoráveis.

Hamaca Paraguaya

Paz Encina

Paraguai, 2000, 08’15’’, vídeo

Gravados em plano geral e com câmera lenta, um pai e uma mãe esperam notícias do filho que foi para a guerra. É um vídeo importantíssimo na história do audiovisual do Paraguai. Trata-se da única obra desta mostra que recorre exclusivamente a um idioma nativo, o guarani.

Una Forma Estúpida de Decir Adiós
Paulo Pécora

Argentina, 2003-2004, 5’40’’, preto-e-branco, 16 mm ampliado para 35 mm

Na estranha espiral de suas recordações, um homem descobre os vestígios esquecidos de uma antiga relação. Retrocesso melancólico ou ponto de partida para uma nova percepção sentimental? Trabalho notável de hibridação criativa entre o cinema e a fotografia, única maneira de reconstruir um amor já terminado.

Preemptive Disappearance

Francisca Benítez

Chile, 2003, 11’45’’

O angustiante relato em off da história de um desaparecimento é reforçado pelo clima sufocante criado com base nas imagens fixas e nos quadros fixos e quase vazios.

One Year Later

Sebastián Díaz Morales, Jo Ractliffe

Argentina, 2001, 11’, vídeo

One Year Later acompanha o percurso de um homem por Joanesburgo. Numa sequencia de imagens capturadas dentro da cidade e nos despejos de minas circundantes, ao longo das estradas que levam aos subúrbios e shoppings do norte, a narrativa é desenvolvida por meio do diálogo interno do personagem principal, à medida que ele atravessa a cidade, e das interjeições do construtor do filme.

Dos Vezes Adiós

Nicolás Grum

Chile, 2007, 3’53’’, DVCam

Às vezes a realidade imita a ficção. Um casal discute numa rua da cidade enquanto a situação ocorre paralelamente a uma das cenas de ...E o Vento Levou, o que gera cruzamentos e coincidências entre ambas as sequencias. Recontextualização do filme ...E o Vento Levou em tela partida, junto com a recriação dos gestos dos atores e do que o cinema tem de mítico num cenário cotidiano.

No Smoking

Andrea Goic

Chile, 2006, 2’10’’, preto-e-branco, vídeo

As pombas da praça central (Plaza de Armas) de Santiago do Chile debandam assustadas ao ouvir disparos. Sua fuga libera a tela, deixando ver uma brutal sequencia de documentário filmada por um correspondente argentino em 1973, meses antes do golpe militar no Chile. O jornalista dirige a câmera para um grupo de soldados chilenos que cercam o palácio do governo, La Moneda, e um deles lhe aponta a arma; num perfeito contraplano e sem palavras, dispara fatalmente contra ele.

11 de Septiembre

Claudia Aravena Abughosh

Chile, 2002, 6’’, vídeo

Onze de setembro de 1973, golpe militar no Chile. O vídeo explora a intertextualidade da memória, ao mesmo tempo em que faz uma crítica implícita à mídia de massa e sua representação da violência. O lugar onde o vídeo se instala é a fissura entre esses dois aspectos, a tensão entre a memória presente e o passado histórico. Uma possível identificação entre os desastres chileno e norte-americano, ocorridos na mesma data.

Undocumented

Edgar Endress

Chile, 2005, 10’, vídeo

Undocumented é a história de um indivíduo que atravessa ilegalmente a fronteira entre o Peru e o Chile. Esse homem foi baleado e morto por um soldado chileno enquanto caminhava perto do marco número 1 no deserto de Atacama. Esse incidente traz à baila novamente a tensão histórica entre Chile e Peru. Além disso, retrata uma tendência contemporânea nessa parte da região, um fluxo crescente de imigrantes do Peru para o Chile.


Dia 04, às 20h:

DE 0 A 4000 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR. UM OLHAR VERTICAL

Países Andinos e Cuba

Seleção 1 Curadoria de Marta Lucía Vélez

Programa I: ESTADOS ALTERADOS

Estados Alterados refere-se a pronunciamentos provenientes de territórios e culturas dessemelhantes, que vão das cálidas comarcas caribenhas às luminosas terras-pátrias do altiplano andino. São obras cujo valor é potencializado pelo lugar onde foram concebidas, ou seja, obras que dão conta do contexto em que se origina o pronunciamento, seja ele de ordem política, social ou histórica.

TV Documental

Alexander Apóstol

Venezuela, 2005, 2´, vídeo

Caracas e seu grande crescimento geraram importantes correntes migratórias de habitantes pobres vindos do interior do país. Eles se estabelecem em favelas (chabolas) construídas nos morros que rodeiam o estreito vale onde a cidade está assentada. Um grupo familiar numa dessas favelas assiste pela televisão a um documentário histórico feito nos anos 1950 que descreve o nascimento de um novo país e de uma nova sociedade na Venezuela.

Arriba de la Bola

Felipe Dulzaides

Cuba, 2000, 2’32’’, vídeo

“La Bola” é uma canção da década de 1990, do cantor cubano Manuel González Hernández, mais conhecido como “O Médico da Salsa”. Nessa canção, o autor descreve como, para sobreviver, é preciso ter uma atitude pragmática diante da vida e estar atento a tudo, como num jogo. Nessa época, Dulzaides não estava em Havana. Uma noite, em seu estúdio em São Francisco, Califórnia, começou a repetir diante da câmera um fragmento dessa canção que diz: “arriba de la bola, arriba de la bola”.

Los Rebeldes del Sur

Wilson Díaz

Colômbia, 2002, 11’06’’, video

Este vídeo apresenta ao vivo os Rebeldes do Sul, projeto musical do grupo guerrilheiro colombiano Farc. Foi gravado nos Colóquios de Cultura e Emprego, na extinta Zona de Distensão, uma área de diálogo do tamanho da Suíça cedida pelo governo colombiano às Farc entre 1999 e 2002. Este documento simples e direto apresenta, sem cortes, duas composições musicais do grupo. Uma das canções é um tema característico da música vallenata (estilo de música popular colombiana). A outra é uma canção de propaganda contra o governo colombiano e outros atores do conflito armado na Colômbia.

Camal

Miguel Alvear

Equador, 2001, 13’15’’, filme 16 mm, cores e preto e branco

Bestialógico das cenas cotidianas que eram vivenciadas na praça do mercado Empresa Municipal de Rastro, também chamada de Camal, em Quito. Filme ao estilo do expressionismo alemão, que transmite, com uma impecável fotografia, as emoções e a natureza tanto dos animais sacrificados como dos matadores de centenas de vacas, porcos, cordeiros e outros animais, alimento para grande parte da população de Quito.

Porca Miseria

Maria Cristina Carbonell

Venezuela, 2006, 11’37’’, vídeo

Ficção, paródia e louca mistura de referências cinematográficas criadas a partir dos traços que a influência norte-americana de consumo, moda, imagem etc. deixam no imaginário coletivo venezuelano. Quatro personagens deslocados do ambiente. Três mulheres unidas pelo destino a um assassino em série: uma gueixa num país tropical, uma sereia que trabalha como garçonete num bar e uma mulher sem rosto, objeto do desejo.

El Síndrome de la Sospecha

Lázaro Saavedra

Cuba, 2004, 2’56’’, vídeo

Paródia sobre a vigilância, exercida por seus compatriotas, a que os cubanos estão submetidos cotidianamente. Parte importante do funcionamento do sistema social reside na estrutura da vigilância, criada para o controle de qualquer ação exercida por todos e por cada um dos ilhéus.

Horizonte sin Horizonte

Aruma (Sandra De Berduccy)

Bolívia, 2007, 4’55’’, vídeo

Nos limites do mar, barcos circulam por horizontes verticais, realidades invertidas e justapostas. Uma viagem em que o tempo se anula e perde o significado. O espaço dilui-se e encontra paralelo nas linhas verticais de um tecido aimará, utilizado para carregar, armazenar e transportar (talvez a mesma função dos barcos). A cadência do terremoto de Sipe Sipe, bolero de cavalaria que acompanhava os combatentes bolivianos à guerra do Chaco e que hoje acompanha enterros em bairros populares, evoca a memória e convida a pensar em perdas, migrações e pilhagens.

Tuyo Es el Reino

Patricia Bueno

Peru, 2007, 9’18’’, HD (alta definição)

Três mulheres, representadas por três manequins dos anos 1950 e ataviadas com casacos de pele comidos por traças, reúnem-se depois de um doloroso acontecimento. Através dos diálogos, pretende-se criar desde o princípio uma sensação ambígua. Essas três mulheres são irmãs ou são três facetas da mesma pessoa. A esquizofrenia e a divisão refletem uma sociedade “sem rostos”.

Chopin

Alfredo Román Bulacio

Bolívia, 2005, 5’, vídeo

Acompanhado pela música de Chopin, um jovem boliviano nu, ataviado com uma máscara contra gases usada na Segunda Guerra Mundial, percorre o passadiço inundado de um mercado de roupas usadas de procedência americana em Santa Cruz, Bolívia. O homem vai comprando peça por peça até sair da inundação vestido.

Opus

José Toirac

Cuba, 2005, 4’49’’, vídeo DVD

Opus é uma série numérica que muda conforme o texto da trilha sonora. Esta foi feita com todos os números estatísticos utilizados por Fidel Castro num único discurso: o discurso inaugural do ano letivo 2003-2004, na Praça da Revolução, em Havana, Cuba.



Dia 05, às 20h:

DUAS TENSÕES E UMA SÓ

América Central e México

Seleção 1 Curadoria de Elías Levin

Programa I : NO ZAPPING

Nos vídeos deste programa, é a lentidão o que prende: uma lentidão que exige do espectador um envolvimento ativo, porque o processo de visualização deixa de ser um testemunho de como as imagens sucedem-se umas às outras, transformando-se num convite para um mergulho na tela para extrair dela uma série de relações de seu ponto mais profundo.

Aria
Brooke Alfaro

Panamá, 2002, 3’20’’, vídeo

O vídeo foi filmado na área antiga da cidade, numa casa condenada e com personagens que ali moram. A câmera enfoca durante longo tempo uma parte deteriorada da casa, criando um aparente cenário, enquanto o áudio reflete essa deterioração com sons ásperos e repetitivos. O vídeo utiliza-se dos elementos-chave, a surpresa e a discordância, para produzir um impacto que depois nos leve a refletir sobre os abismos sociais que separam e excluem.

Happy 2

Ryan Oduber

Aruba, 2004, 1’20’’, vídeo, ator: Ken Wolf

Eu (nascido em Aruba, Caribe holandês), tenho passaporte holandês. No entanto, tenho sangue e rosto caribenhos/multiculturais. Morei muitos anos na Holanda, onde sou visto como estrangeiro, e, como morei por um longo tempo na Holanda, agora, em Aruba, sou visto como estrangeiro. Então, a identidade torna-se algo virtual.

Propmoción 06 (de la serie: Migrar es Siempre Cuestión de Espacio)

Walterio Iraheta

El Salvador, 2006, 6’05’’, vídeo, preto e branco

A migração contemporânea ocorre de países ou cidades menos desenvolvidos para lugares que oferecem melhores condições de trabalho e de vida. Em muitos casos, aqueles que empreendem essa longa viagem acabam encontrando a morte, num percurso que cada vez se torna mais hostil e desumano.

Kung Fu

Hugo Ochoa

Honduras, 2005, 7’50’’, vídeo, som, colorido

Kung Fu é uma obra produto da leitura ou interpretação pessoal da totalidade de expressões espontâneas (ninguém recebeu instruções de como posar) encontradas durante o processo de gravação de alcoólatras nas ruas de San José, Heredia e Tegucigalpa. Kung fu é uma caligrafia corporal de personagens da rua para o desenvolvimento de nossos reflexos sociopolíticos.

Ablución

Regina José Galindo

Guatemala, 2007, 4’, vídeo, performance, som, colorido, registro em vídeo: David Pérez

Um ex-membro de uma gangue remove, com água, um litro de sangue humano, previamente jogado sobre ele. A idéia desta videoperformance surge depois de ter lido uma notícia em que o membro de uma gangue é entrevistado após estuprar e decapitar uma menina de seis anos. Ele diz: “eu estava viajando (drogado) e percebi que tinha feito algo quando fui tomar banho e a água ia saindo vermelha”.

Guest – Huésped

Roberto López Flores

México, 2006, 6’48, vídeo, colorido, mudo

Guest explora o conceito de hospitalidade, com foco nesse fluxo que é o turismo. Através de uma ação mecânica (um lava-pés), tenta-se estabelecer um contato físico que equilibre o ressentimento e a vontade de uma revanche, aplicando a rendição como estratégia de resistência.

Lix Cua Rahro. Tus Tortillas Mi Amor

Sandra Monterroso

Guatemala, 2004, 12’30’’, formato original: performance, vídeo, som, colorido.

A ação dá-se num espaço privado, um cômodo onde uma mulher prepara omeletes para seu amado. Retoma o corpo como parte da natureza, já que tem sua própria sabedoria. As cenas mostram um estado obsessivo; como através dos fluidos constrói-se uma metáfora, uma possibilidade de encantamento.

Lección # 2 – Como (Des)vestirse

Priscilla Monge

San José, Costa Rica, 2001, 6’35’’, vídeo.

Segunda lição do comportamento feminino. Por meio de um recurso simples com o qual se constrói uma narrativa visual e temporalmente invertida, que joga sutilmente com a ambigüidade de uma ação (anti)exibicionista, uma mulher (des)seduz seu acompanhante, ocultando o corpo que surge como objeto do desejo.

123…678 (Un Momento Íntimo)

Abner Benaim

Panamá, 2007, 4’13’’, vídeo.

Autorretrato em vídeo fragmentado do artista aprendendo a dançar salsa. Abner Benaim, diante da câmera num canto do seu estúdio, grava um momento íntimo e transforma-o em material para compartilhar com estranhos. Um discurso sobre a intimidade nos nossos dias.

Danza de Identidad
Javier Sámano Chong/Juana Soto

México, 2002, 2’30’’, vídeo, som, colorido.

Fragmento autônomo do projeto em vídeo Taraspanglish. Um jovem dançarino de origem purépecha mantém a tradição da dança tradicional de sua localidade natal, mesmo quando a música de fundo muda. Na região indígena P´urhépecha, México, dança-se a dança tradicional dos Cúrpites, de origem pré-hispânica e que foi utilizada na colônia pelos espanhóis para a evangelização.

Se Revela, Se Devela
Elia Alba

Santo Domingo, República Dominicana, 2007, 4’03’’, vídeo

A idéia do véu como uma prática cultural envolve tanto aquilo que contém como aquilo que é o construtor do rosto. Em Se Revela/Se Devela, parte-se de um termo cunhado por Michael Taussig em seu livro Defacement, que nos desafia a entender como o mistério do véu, por trás do qual também se faz vida social, serve também para produzir e ocultar o sentido. No vídeo, o sujeito pode ser um ou nenhum.







Dia 06, às 16h:

Reprise dos Programas: Paradigma do Experimental e Relatos na Fronteira

Às 20h:

TRÓPICOS AUDIOVISUAIS

Brasil

Seleção única Curadoria de Roberto Moreira dos S. Cruz

Programa:


Uma seleção heterogênea da produção brasileira contemporânea. Não há uma tendência predominante e não foram feitas escolhas que optassem por um arranjo uniforme de estilos. Prevalecem características diversas, modos de ver e interpretar abrangentes, assinaturas distintas em termos estéticos e narrativos. Alguns aspectos-chave orientam esse conjunto: produção dos coletivos artísticos, performances cênicas, ênfase na tecnologia e em subjetividades poéticas.

Volta ao Mundo em Algumas Páginas

Cao Guimarães e Rivane Neuenschwander

2002, 15min, super-8 e DV

Registro videográfico de uma ação realizada na Biblioteca Pública de Estocolmo em agosto de 2000, em parceria com a artista Rivane Neuenschwander. A ação consistia em, a partir de um mapa-múndi recortado em pequenos fragmentos, distribuir aleatoriamente os pedaços dentro dos livros da biblioteca. As correlações possíveis entre uma localidade qualquer do mundo e um livro (ou página de livro) são os mistérios guardados pelo destino dessas pessoas.

Várzea

Ricardo Iazzetta e Estúdio Bijari

2006, 9min25s, DV

Obra de videodança sobre territórios, fronteiras e ocupação do espaço público. Fria e esvaziada, a cidade de São Paulo vira campo de futebol, que vira várzea, que se torna palco onde se enseja um jogo. Imprimir gestos nos perímetros da vida cotidiana, expor-se ao lugar, à sua atmosfera e à sua textura. Jogar os corpos no espaço, na Várzea.

Ciranda

Ana Siqueira e Leandro HBL

2002, 11min10s, super-8 e DV

Ciranda trata dos ciclos da natureza e de como eles podem influir nos sentimentos humanos. Utilizando recursos formais variados no processo de captura das imagens e da edição, o realizador compõe de maneira poética um ensaio sobre a relação amorosa e as circunstâncias casuais de uma viagem pela paisagem tropical do Brasil.

Amor Fatti

Sara Ramo

2007, 6min20s, DV

Neste vídeo, a artista é vista no ambiente doméstico de um quintal, sentada em uma mesa na companhia de um boneco de papelão. A partir de algumas situações aparentemente bizarras e sem sentido, o que decorre da encenação constitui um delicado ensaio poético sobre o desejo e as relações amorosas.

i321

uddqem

2005, 3min04s, DV

O projeto uddqem (um dia depois que eu morrer) foi criado por Ricardo Carioba e Fábio Torres. O trabalho da dupla impressiona pela precisão dos elementos gráficos e visuais animados em composição com uma trilha sonora ruidosa e experimental. Os elementos expressivos configurados pela relação entre áudio e vídeo criam formas abstratas puramente sensoriais.

Tá como o Diabo Gosta

Re:combo

2003, 3min56s, DV

Clipe caseiro produzido pelo grupo Re:combo para o frevo Tá como o Diabo Gosta, Tá como o Diabo Quer, de autoria de Silvério Pessoa. Numa festa carnavalesca no Recife, o personagem dança e se diverte depois de beber “um pouco” de cachaça.

Man.Road.River

Marcellvs L.

2004, 9min27s, DV

A cheia de um rio, que toma parte de uma estrada e interrompe o fluxo normal de pessoas e automóveis, dá motivo a esse poema visual. Um retrato do cruzamento de vias e vidas e da força da natureza sobre a artificialidade. Um único plano, composto de uma imagem bastante indefinida, como se estivesse em baixa definição, deixando perceptível a textura em mosaico do vídeo digital.

Maria Farinha Ghost Crab

Brígida Baltar

2004, 5min11s, 16 mm e DV

Maria Farinha Ghost Crab é um filme-fábula em que a atriz Lorena da Silva personifica o caranguejo de areia, correndo à beira-mar e cavando tocas. O aspecto fugidio da sua personalidade faz com que a maria-farinha fique conhecida como caranguejo fantasma. No filme rodado na Ilha Grande, Maria Farinha usa fones de ouvido em formato de conchas, escuta sons e tem algumas visões.

Imprescindíveis

Carlos Magno Rodrigues

2003, 5min20s, DV

Um vídeo sobre a violência simbólica. Um pai (o próprio Carlos Magno) impõe seus heróis ideológicos ao filho Bruno, que reage contrariamente com suas influências audiovisuais próprias da TV e do cinema. Uma paródia aos heróis fictícios e aos atos de violência reproduzidos na mídia, representados pelo manuseio de armas e pelas indumentárias de guerrilha.



Dia 07, às 16h :

Reprise dos Programas: Estados Alterados e No Zapping

Às 20h:

ANTOLOGIA HISTÓRICA

Brasil

Seleção 2 Curadoria de Arlindo Machado

Programa II: PARADIGMAS DA LATINIDADE

Seleção de vídeos e filmes que buscam repensar, a partir do interior e fora do ângulo colonialista do “exotismo”, o enigma da América Latina: sua história manchada de barbarismos, suas identidades mestiças, o hibridismo de sua cultura, seus projetos de futuro.

REVOLUCION

(16 mm) – Bolívia, 1963 – 10’

Jorge Sanjinés

Utilizando apenas imagens, música e sons naturais, a primeira película do célebre diretor boliviano se baseia nas técnicas de montagem conceitual e dialética (“por conflitos”) do diretor russo-letão Serguei Eisenstein para compor um ensaio sobre a exploração e a miséria do povo boliviano e sobre as possibilidades de superação através de estratégias revolucionárias.

A Propósito de la Luz Tropikal, Homenaje a Armando Reverón (super-8) – Venezuela, 1978 – 19´35´´

Diego Risquez

Uma homenagem ao pintor venezuelano Armando Reverón, o artista que, como um antropólogo natural, buscou representar a visão do homem tropical. Reverón aparece inicialmente pintando sobre uma tela-espelho que reflete a luz tropical. Voltamos ao período branco do artista, onde nada se vê de forma distinta, todas as imagens estão “estouradas”, mas, ainda assim, pode-se distinguir vagas manchas daquilo que um dia poderiam ter sido figuras e paisagens. Radical experiência de incendiar a imagem.

Chapucerías (35 mm) – Cuba, 1987 – 11’

Enrique Colina

Em espanhol, “chapucería” é o nome que se dá a qualquer trabalho de má qualidade, servindo também para designar o embuste e a picaretagem. A pretexto de denunciar o “chapucero” como o incompetente que transforma tudo em destroços e sucata, o filme acaba funcionando como uma metáfora de um país que fracassou. Comédia inclemente, disfarçada de documentário, em que o “chapucero” aparece como um monstro dos filmes americanos de terror dos anos 1930 e 40.

Contaminado pelo próprio mal que denuncia, até mesmo o filme termina destruído pela má qualidade do trabalho de seus realizadores.

Marcha por la Vida (vídeo) – Bolívia, 1986/99 – 7’35”

Gastón Ugalde

Trabalho em progresso, que já rendeu diversas versões e diversas associações a instalações. A obra está relacionada com a vida do homem andino e à problemática social da Bolívia. Ugalde associa os tecidos coloridos elaborados pelos índios das diferentes etnias da região boliviana dos Andes a valores culturais e políticos. Os tecidos representam uma espécie de mídia têxtil: são formas de comunicação, de identidade e de manifestação política. Nesta obra, Ugalde associa a tessitura das mantas bolivianas à consciência coletiva e à resistência do povo contra a miséria e a opressão.

Marca Registrada

(vídeo) – Brasil, 1975 – 10’35`` - Letícia Parente

Neste trabalho, considerado dos mais perturbadores dos primórdios do vídeo brasileiro, a artista Letícia Parente borda com agulha e linha as palavras “Made in Brasil” sobre a própria planta dos pés, apontada para a câmera num big close up. Esta obra limítrofe apontou para um caminho de radicalidade sem concessões que marcaria a primeira fase da arte do vídeo no Brasil. Ao mesmo tempo, ela consolida o dispositivo mais básico do vídeo, que é o confronto da câmera com o corpo da artista.

    Reconstruyen Crimen de la Modelo (vídeo) – Argentina, 1990 – 7’35´´

    Andrés di Tella e Fabián Hofman

O vídeo parte de uma notícia de fait divers: uma modelo famosa foi assassinada e o suposto criminoso preso pela polícia. O Nuevodiario, telejornal do Canal Nueve portenho, grava a reconstituição e a edita com requintes de dramaticidade, acompanhada de música dramática, como se o fato, a reconstituição e o informe televisivo coincidissem. Por fim, os dois realizadores gravam o programa em suas casas e depois o reeditam em câmera lenta e com distorção sonora, desconstruindo a versão televisiva da versão policial. Uma imensa acumulação de simulacros marca esse vídeo antológico, que gerou profundos debates sobre a natureza da verdade e o papel das mídias na construção da realidade.








Dia 08, às 16h:

Reprise dos programas: Trópicos Audiovisuais e Paradigmas da Latinidade

Às 20h:

AO SUL DO CONE SUL

Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai

Seleção 2 Curadoria de Jorge La Ferla

Programa II: MÁQUINAS E IMAGINÁRIOS

Os jogos da criação, em propostas formais radicais que nos remetem a uma visão do mundo através de temáticas políticas e diários íntimos. Uma trama de visões em que o campo pessoal é associado a diversas leituras do ambiente, externo e interno, como auto-referência dos autores e dos meios tecnológicos audiovisuais que utilizam.

La Progresión de las Catástrofes

Gustavo Galuppo

Argentina, 2004, 8’55’’

Reflexão sobre o cinema e sua mitologia com base em imagens de arquivo combinadas com filmes hollywoodianos.

Catastrophes Libertad

Héctor Solari

Uruguai, 2004, 5’45’’, vídeo

Passeio por uma paisagem fotográfica que, a partir de uma imagem a princípio puramente tátil, transforma-se aos poucos no registro de uma catástrofe televisionada. O nome remete à prisão homônima de Libertad [Liberdade], que os militares construíram para os presos políticos uruguaios durante a ditadura (1973-1985): cruel ironia dos vencedores.

Mala Sangre (Todo sobre la Mujer Inmunda)

Silvia Cacciatori

Uruguai, 2001, 4’12’’

Leitura sarcástica do olhar católico sobre a mulher como ser imundo, a partir de citações bíblicas e da combinação de ícones religiosos femininos. Mala Sangre é uma obra de arte sacra sobre as passagens bíblicas que fazem referência à mulher quando está “naqueles dias”, “nos dias difíceis”, “nos dias inevitáveis”, quando está “doente”, “incomodada” ou simplesmente “histérica”, ou seja, quando está menstruando.

Derechito al Altar

Carolina Comas

Uruguai, 2006, 4’50’’, DVCam

Comas subverte essa ordem estereotipada da mulher moderna e apresenta, a partir dos códigos associados aos tipos de mulher, eventos que evidenciam a fragilidade dos compromissos, as marcas do desejo do outro. A diretora torna essa ordem visível e, ao subvertê-la, postula uma saída sem assumir a bandeira do feminismo clássico, reivindica a atitude de gênero e critica as exigências da sociedade e do mercado em relação aos papéis do homem e da mulher.

Una Tarde

Carlos Trilnick

Argentina, 2000, 6’

O recurso do movimento reverso e a superposição de várias imagens no mesmo quadro propõem a reflexão sobre futuros alternativos; uma trilha carregada de silêncios e sutilezas sonoras intensifica a percepção de um tempo dilatado, rarefeito e reversível a partir do vídeo.

Mira

Enrique Ramírez Figueroa

Chile, 2004, 8’45’’, DVCam

Saltar no vazio tem parentesco com os atos de fé. O coração salta com ele, acompanha-o no vôo incerto, porém fulgurante, de sua certeza. Ensaio audiovisual em forma de desafio perceptivo que força o espectador a tomar uma decisão entre a contemplação de uma imagem ou a leitura de um diálogo em chat.

Sans Titre (Blindfold)

Carolina Saquel

Chile, 2006, 4’22’’, Gp3 transferido para DVD

Sans Titre (Blinfold) é o resultado de uma encomenda de realização feita com telefones celulares. Constitui-se a partir de uma reflexão sobre a narração e, mais particularmente, sobre as histórias que o cinema nos propõe. A tela vazia, ainda sem imagem, momento de expectativa e de silêncio durante a chegada dos espectadores, que “esperam” o aparecimento de uma imagem que não chega. Afinal, quem conta a história?

Das Kapital

Marcello Mercado

Argentina, 2003, 17’10’’, Betacam

Trabalho realizado digitalmente. Diferentes operações matemáticas vão se desenrolando na imagem, enquanto legendas se desenrolam para reforçar as idéias decorrentes da imagem não figurativa. Alusões nos textos a diferentes autores, como Lacan e Marx. Drástica mudança de estética quando se mostram imagens de cadáveres sem nenhum tipo de prurido.


Dia 09, às 16h:

Reprise do Programa: Máquinas e imaginários

Às 20h:

DE 0 A 4000 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR. UM OLHAR VERTICAL

Países Andinos e Cuba

Seleção 2 Curadoria de Marta Lucía Vélez

Programa II: DE DOMÍNIO PÚBLICO

Nesta seleção, foram incluídas obras que, sem restrição, transcendem o discurso local. Por um lado, artistas que desenvolvem escritas inquietantes e interpretativas sobre temáticas densas que têm alguma importância na sociedade atual. Por outro lado, há trabalhos de caráter mais sociológico.

Nuevas Consideraciones sobre la Imagen

José Alejandro Restrepo

Colômbia, 2007, 8’55’’, vídeo

As novas considerações sobre a imagem são, na verdade, muito antigas: vêm pelo menos do século VIII. A luta pelas imagens é parte essencial do butim do espaço teológico-político. A tecnologia da imagem sofistica-se, mas a retórica é a mesma dos debates bizantinos. Aqui temos um exemplo recente que atualiza o debate.



Habana Solo

Juan Carlos Alom

Cuba, 2000, 14’30’’, filme 16 mm, preto-e-branco, revelado à mão

Neste filme, revelado à mão pelo realizador, assistimos a uma sinfonia de imagens e sons pelas ruas de Havana. As imagens da lente livre da câmera de Alom, sem mais palavras do que as solitárias improvisações de alguns músicos importantes de Cuba, de variadas tendências, falam-nos da cidade que os habita e em que habitam.

White Balance (To Think Is to Forget Differences)
François Bucher

Colômbia, 2002, 32’, vídeo

Esta obra é um esforço para descobrir as geografias do poder, as fronteiras do privilégio. A obra visita esse problema sob diferentes ângulos, criando curtos-circuitos de sentido que, por sua vez, contam com o suporte de encontros audiovisuais inéditos. Imagens de várias fontes, da internet e da televisão, misturam-se a imagens feitas em Manhattan antes e depois dos atentados de 11 de setembro.

Retratos Familiares

Carlos Eduardo Monroy

Colômbia, 2003, 11’, vídeo

“A familia perfeita” é o objetivo de qualquer câmera que se disponha a fazer um retrato de familia; por isso, as mulheres procuram o melhor vestido e os homens combinam tudo com a gravata. Tudo deve estar perfeito para que, no momento de dizer “xis”, a criança não se mexa, o nó da gravata esteja reto e os penteados não se desmanchem.

Dia 10, às 16h:

Reprise do Programa: De Domínio Público

Às 20h:

DUAS TENSÕES E UMA SÓ

América Central e México

Seleção 2 Curadoria de Elías Levin


Programa II: OUTRAS CONVERGÊNCIAS

Este programa abre com a tecnologia de ponta – as telas e câmeras móveis dos celulares – e fecha com o princípio que levou ao nascimento da produção e reprodução da imagem: a câmera obscura. Ao longo da projeção convergem muitos caminhos, tal como confluíram com o passar do tempo tantos outros para o deslocamento da prática audiovisual. No entanto, a convergência mais importante não deixa de ser a que os espectadores têm de ter necessariamente com o realizador para poder compartilhar a distancia, ainda que seja de maneira desacelerada, as experiências comuns.

Anomia

Bayardo Escober (Bayardo Acosta)

Honduras, 2007, 3’52’’, vídeo, som, colorido

A individualidade numa sociedade ou grupo social pode ocasionar reações patológicas nos indivíduos, como o suicídio, o crime, a delinqüência ou a prostituição. Este vídeo relata como um sujeito sem rosto nem voz, apesar de estar acompanhado, no final, está sozinho. Trata-se da história desolada de um sujeito alienado.

Latino Plastic Cover

Fulana

El Salvador, República Dominicana, Porto Rico, México, 2000, 1’20’’, vídeo

Primeiro projeto do coletivo Fulana, LPC é um trabalho na linha dos infomerciais da televisão a cabo para promover a última panacéia que garante manter os seus móveis limpos e sem poeira, bem como resolver todos os tipos de danos sociais que atingem a comunidade latina e muito mais.

Acción Vandálica en Mi Linda Costa Rica

Alejandro Ramírez

Costa Rica, 2004, 3’30’’, vídeo

Vídeo que parte de uma reflexão sobre o grafite e o trabalho sociológico desenvolvido com o karaokê. Concretiza-se como um trabalho de vandalismo urbano, que confronta as formas de comunicação do grafite e do folclore tradicional num karaokê que altera toda a concepção idealizada do contexto Tico.

Centroamérica Now

Regina Aguilar

Honduras, 2004, 6’10’’, vídeo, som, colorido

Centroamérica Now é uma breve resenha das mortes em massa ocorridas nas prisões de Honduras em resposta à problemática do fenômeno social das gangues conhecidas como las maras no país. As maras são agora a linha de frente do narcotráfico em Honduras. A mara veio substituir o conceito e a função da família e da escola na sociedade de vários países da América Central e até mesmo dos Estados Unidos. A mara centro-americana agora existe na Europa e inclusive dentro das tropas norte-americanas no Iraque.

Voilà L’histoire

Elías Brossoise

México, 2006, 19’30’’, vídeo, super-8, idiomas: francês, árabe, espanhol, som, colorido.

Esta produção faz parte da pesquisa que estou realizando sobre os conceitos de historicidade, contexto social e “objeto-acontecimento”. Neste caso em particular, a partir de um testemunho vinculado ao tráfico de armas em Kosovo.

Documentos 1/29, 2/29, 3/29

Ernesto Salmerón

Nicarágua, 2003, 6’30’’, vídeo, material reciclado

Documento 1/29, Ernesto Salmerón, Nicarágua, 2003, 3’47”

Documento 2/29, Ernesto Salmerón, Nicarágua, 2003, 0’51”

Documento 3/29, Ernesto Salmerón, Nicarágua, 2003, 1’40”

Os 29 Documentos sobre a Pós-Pós-Pós Revideolução na Nicarágua fazem parte de um estudo em andamento sobre as relações entre a história e os indivíduos. Gira ao redor da desconstrução histórica dos processos relativos à existência e permanência (ou não) da revolução sandinista na Nicarágua. Os arquivos que o compõem são apresentados graças à colaboração direta dos protagonistas, ou graças à reprodução anônima de estritos colaboradores do Exército Videasta Latino-americano (E.V.I.L.).

Lesson 12

Bruno Varela

México, 2008, 3’30’’, vídeo, som, colorido

Políticas da linguagem, traduções simultâneas e outros sinais intermediados. O espectro eletromagnético é um território em disputa. O ruído contém uma mensagem cifrada, sua ressonância desdobra-se num mapa sem limites. Algo grande parece mover-se ao fundo da freqüência.

Juegos en el Parque

Jorge Albán

Costa Rica, 2004, 3’40’’, vídeo, colorido

A partir da simulação de um videogame realmente existente, este vídeo confronta a hibridação tecnológica, o tempo virtual e a exploração implícita da violência como forma de entretenimento, que se revela através do diálogo inocente de duas meninas que se divertem ao matar. Estimula-se, assim, o questionamento sobre a violência e a forma de relação com o poder.



Película con Muertos y Toda la Cosa
Enrique Favela

México, 2001, 7’52’’, 16 mm estenopeico, preto-e-branco

Película con Muertos y Toda la Cosa é uma visão do visceral. Visão de músculos, nervos e membranas. Visão do que resta: nada. A palavra autópsia significa ver por si mesmo, sendo usada como sinônimo de necropsia ou exame post-mortem.