sábado, 11 de abril de 2009

EXPOSIÇÕES

Exposição "Lost Poet Tree", de Lúcia David

Galeria do Clube Literário do Porto (até ao final do mês de Abril)

Os livros são recipientes de mistérios. Ler um livro é uma dupla acção: desmistificar mas profanar esse mistério. Os leitores não assimilam simplesmente. Eles reajustam, reescrevem e reconstroem texto e significado, deixando marcas visíveis da sua viagem através do livro como notas, sublinhados, marcadores, páginas dobradas, manchas, impressões digitais…memórias acumuladas. Este momento em que o livro se torna propriedade privada, carregando consigo marcas do tempo, é o mote para o trabalho artístico de Lúcia David.

O pensamento criativo na obra da artista parte de três elementos - preto, branco e vermelho. O preto é o compartimento sem luz, o nada, o ponto de partida, são as coisas na sombra, o medo, a falta de referências, o desconhecido. O preto é a silhueta. O preto é o texto.

O branco é luz, é a porta aberta para a rua ou a janela para o espaço, é a superfície virgem, a tela em branco onde são determinados cenários e histórias, é o meio para chegar aos objectos e lhes dar vida. O branco é a página onde se desenha ou contorna a silhueta. O branco é o papel.

O vermelho é a emoção. É muscular, fluído e quente. O vermelho é o sangue. Não se vê mas sente-se o pulsar, quando se lê um texto, uma frase…uma história.

Esta exposição é uma colagem de várias interpretações plásticas e reflexões poéticas. São obras de várias séries tendo todas em comum o mesmo ponto de partida que é o livro como um objecto multidimensional e multifacetado, apresentando-se aqui completamente fragmentado.

Vídeo-instalação "Pata-lugares", de Né Barros

Caixa Negra da Cave no Clube Literário do Porto (patente até 30 de Abril)

Esta instalação foi apresentada no contexto do “Ciclo Né Barros” promovida pelo Teatro Nacional S. João em 2007. A instalação funciona como uma recuperação de um possível discurso “patafísico” e onde se sugere um novo conceito os pata-lugares reflexo de um mundo de hoje.

Pata-lugares foi inicialmente concebida como uma video-performance para um seminário Patafísico organizado pelo curso superior de artes plásticas da ESAP. Exausto o tema dos lugares e dos não-lugares, a ideia era lançar um novo conceito e uma nova problemática, a dos pata-lugares e ao mesmo tempo apontar uma solução, segundo o bom-tom patafísico, imaginária e que era: ir não indo, mas voltar sempre!!!

Dessa video-performance evoluiu-se para uma video-instalação cujo conceito foi na altura narrado no seu absurdo da seguinte forma: Eu protegida por uma transparência, expresso a imaterialidade do meu enquadramento e encontro a solução para nunca estar realmente… Quase ali ou no meu pata-lugar. Dentro do meu invólucro transparente tenho inscrito no peito: Volto Já! (assina Atal)

Conceito e interpretação: Né Barros

Video: Filipe Martins

Uma instalação criada a partir das conferências “Patafísica” organizadas pelas ESAP curso de Artes Plásticas (2004 e 2005). As conferências foram apresentadas sob o nome Patafísico Atal (Né Barros) e ef-em-mart (Filipe Martins).

Produção:Balleteatro

Co-produção Balleteatro e Teatro Nacional S. João

Clube Literário do Porto
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4050-430 Porto
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