terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ensemble Harmoniemusik

Ensemble Harmoniemusik lança CD em

concerto no Museu da Casa Brasileira



Com música de câmera composta no século XVIII para eventos da corte ao ar livre, o Ensemble Harmoniemusik faz concerto de lançamento de seu primeiro CD no domingo, 23 de agosto, às 11h, no terraço do Museu da Casa Brasileira (MCB), instituição vinculada à Secretaria de Estado da Cultura. Sua formação musical típica se concentra nos instrumentos de sopro, especialmente o oboé, o clarinete, a trompa e o fagote, por suas qualidades de projeção sonora. Integram o conjunto Mônica Lucas e Luciano Pereira (clarinete histórico), Michael Alpert e Flavio Faria (trompa natural), Luis Antonio Ramoska e Mariana Bergsten (fagote clássico), todos tocando instrumentos ainda muito raros no país.

Intitulado “Harmoniemusik – Sexteto de Sopros – Instrumentos Históricos”, o CD gravado com patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura (ProAC) traz obras de grandes mestres do século XVIII, como Mozart e Krommer, e uma obra do compositor Silvio Ferraz.

Programa: Franz Krommer (1759-1831) – Partita em do menor, largo – allegro, adágio, rondo – allegro; Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Serenata em mi bemol maior, K 375, para sexteto de sopros, allegro maestoso - menuetto e trio, adágio, menuetto e trio, finale – allegro; Wolfgang Amadeus Mozart – Harmoniemusik “A Flauta Mágica”, (arranjos de Ch. Stumpf, ca. 1800), Der Vogelfäbger bin ich ja, Bei Männern die Liebe fühlen, Marsch der Priester, Ein Mädchen oder Weibchen.

A apresentação faz parte do projeto Música no Museu, consolidado na agenda de São Paulo como uma alternativa de lazer que reúne música de qualidade em um cenário agradável: o terraço do Museu da Casa Brasileira, em frente ao seu jardim de 6.600 metros quadrados.

O nome do conjunto, fundado em 2001, deriva do próprio repertório ao qual o grupo se dedica, uma música de câmera conhecida como harmoniemusik. Ela deu origem, no decorrer do século XVIII, à seção de sopros da orquestra clássica. Com o acréscimo definitivo deste novo colorido ao naipe de cordas já usual desde o século XVII, foi possível o enriquecimento do timbre do conjunto, antes limitado à sonoridade mais uniforme das cordas. É no século XVIII, e em virtude da influência da harmoniemusik, que se criou o conceito clássico de orquestração.

Mônica Lucas - É bacharel em clarinete pela USP. Fez especialização em flauta-doce e em clarinetes históricos no Conservatório Real de Haia, na Holanda. Participou das principais orquestras barrocas da Europa, como Europa Galante (Fabio Biondi) e Concerto Köln, e de conjuntos de música de câmera com instrumentos originais, como o Ensemble Zefiro. Retornou ao Brasil em 1998. Participa regularmente de gravações para a WDR - Westdeutsche Rundfunk - em Colônia (Alemanha), com a orquestra Das Kleine Konzert, sob a regência de Hermann Max, realizando primeiras gravações mundiais de peças do século XVIII, como o oratório Die Vier Letzten Dingen, de Anton Eybler (2003), o oratório Betulia Liberata, de Gotfried Naumann (2004), premiada pela Deutsche Schallplatenkritik, e o oratório Das Durchgang durch das Rote Meer, de Leopold Kozeluch (2005). Doutora em Música pela Unicamp, coordena o Núcleo de Música Antiga da ECA-USP, onde é responsável pela disciplina História da Música.

Luciano Pereira - Nascido em Capivari (SP), iniciou seus estudos de clarinete na Escola Municipal de Música. Graduou-se no Conservatório de Tatuí, em 2000, onde também foi professor. Obteve a menção honrosa no II Concurso Internacional Honorina Barra (Curitiba), na categoria música de câmera, em 1998. Participou, como bolsista da Capes, de masterclass com Walter Boeykens (Bélgica), na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia. É bacharel em Música pela Unesp. Pelo terceiro ano consecutivo, é convidado pela Funarte/Ministério da Cultura a ministrar aulas de clarinete, nos estados de Rondônia, Goiás e Paraíba. Com intensa atividade camerística, tem difundido o repertório do século XVIII, tanto no Ensemble Harmoniemusik como no Duo Sieber (clarinete histórico e fortepiano) com Pedro Persone. Está finalizando sua dissertação de mestrado na Unicamp.

Michael Alpert - Iniciou seus estudos de trompa aos 11 anos. Fez a graduação na Universidade de Boston. Estudou com o trompista David Ohanian (Quinteto de Metais Canadense). Tocou na Orquestra da rádio da Galiléia e na Orquestra da rádio de Jerusalém. Chegou ao Brasil em 1978. Participou da Orquestra Sinfônica Municipal e da Orquestra Sinfônica Estadual. É primeiro trompista da Orquestra Jazz Sinfônica e professor de trompa no Departamento de Música da ECA-USP, onde coordena o setor de eventos de música de câmara. Atua como trompista natural, tendo participado de gravações com os grupos Engenho Barroco, Américantiga e camerata Novo Horizonte. Faz doutorado na ECA-USP.

Flavio Faria - Nascido em São Paulo, iniciou seus estudos musicais no Conservatório Musical do Brooklin, em 1987, com o prof. Mário Rocha. Estudou, ainda, com os professores Zdenek Svab, Ozéas Arantes, Roberto Minczuk, Daniel Havens e Luís Garcia. Participou da Orquestra Sinfônica da Unicamp como primeira trompa. É chefe de naipe da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. Teve experiência camerística com diversas formações, como quinteto de metais, quinteto de madeiras e solos com quintetos e quartetos de cordas.

Luis Antonio Ramoska - Natural de São Paulo, estudou fagote no Conservatório Musical do Brooklin com Alain Lacour. Fez parte da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo entre 1985 e 1996, e da Sinfonia Cultura – Orquestra da Rádio e Televisão Cultura. Participou do Festival Internacional de Música Renascentista y Barroca Americana (Missiones de Chiquitos, Bolívia, 2000) e da orquestra liderada pelo violinista Sigiswald Kuijken, no 12º Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora (MG). Atua no grupo Américantiga, tanto com o fagote barroco quanto o clássico. Especializou-se no instrumento com Ricardo Rapoport e Donna Agrell. Estudou a interpretação da música antiga com Ilton Wjuninsky, Ricardo Kanji e Nicolau Figueiredo. É fagotista da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo.

Mariana Bergsten - Natural de São Paulo, iniciou o estudo de fagote na Escola Municipal de Música com Gustave Busch. Estudou na Universidade Livre de Música com Ronaldo Pacheco. Integrou a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo e a Orquestra de Câmara da USP. Ingressou no curso de bacharelado da USP sob a orientação de Fábio Cury. Estudou também com Francisco Formiga. Atuou como solista na Orquestra Experimental de Repertório, Orquestra Sinfônica Municipal de Santos, Orquestra de Câmara da USP, Orquestra de Cordas da ULM e Orquestra Filarmonia. Integra a Orquestra Sinfônica Municipal de Santos.

Serviço

Música no Museu – “Ensemble Harmoniemusik”

Domingo, 23 de agosto, às 11h Entrada franca

Duração: 60 min

Capacidade: 230 lugares

Local: Museu da Casa Brasileira – Terraço - Av. Brig. Faria Lima, 2705

Tel. 3032-3727 Jardim Paulistano Site: www.mcb.org.br

Estacionamento: R$ 10,00

Visitação: de terça a domingo, das 10h às 18h

Ingresso: R$ 4,00 Estudantes R$ 2,00 Gratuito domingos e feriados

Acesso para pessoas com deficiência.

Visitas monitoradas: 3032-2564

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