terça-feira, 22 de setembro de 2009

A Passagem do anjo



A Passagem do anjo
de John Sack


336 páginas

Nas noites de lua cheia, frei Angelo Lorenzini se arrasta para a parte mais escura de sua masmorra e se esconde debaixo do cobertor. Os raios desgarrados de luar o levam ao limite de seus sentidos, fazendo a pele pinicar e o sangue correr furioso nas veias. Levantando as orelhas, ele escuta a lua uivante, porém tem o cuidado de não responder.

Sim, Angelo é um lobisomem. Desde que descobriu a herança deixada por seu avô, ele se pergunta o motivo dessa maldição – por que ele? Até que esteja pronto para compreender esse mistério, ele terá que percorrer um longo caminho de desastres e sofrimento.

No século XIII, numa Itália profundamente marcada pelos conflitos entre os poderes eclesiástico e imperial, Angelo tem uma rixa pessoal com o papa Bonifácio VIII que remonta a 50 anos, quando o pontífice ainda era o garoto Benedetto Gaetani.

Na verdade, a disputa com Gaetani é apenas um dos relacionamentos desastrados de Angelo. Como um Midas às avessas, Lorenzini destrói tudo o que toca. Sempre se envolvendo com mulheres proibidas e ferindo amigos sinceros, afasta de sua vida todas as formas de amor verdadeiro.

Por muitos anos, Angelo, que é ao mesmo tempo um ser divino e amaldiçoado, vive dividido entre suas duas naturezas, incapaz de entender sua essência. Ao fim da longa busca por Deus e sua verdade, Angelo descobre que aquilo que procurava estivera o tempo todo dentro dele. Afinal, todo mundo não tem um pouco de animal e de anjo?

A passagem do anjo, de John Sack – autor do best-seller A conspiração franciscana –, é uma envolvente ficção histórica com um toque sobrenatural e um desfecho surpreendente.

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Na Itália so século XIII, Angelo Lorenzini, um homem de sangue nobre, tem uma marca de nascença em forma de estrela na palma da mão e uma herança amaldiçoada. Preso numa masmorra, frei Angelo, um franciscano excomungado, reconstrói, a partir de suas lembranças fragmentadas, o caminho percorrido na constante busca por sua verdade.

Desde a infância Angelo é atormentado por causa de sua aparência. Seus caninos são semelhantes a presas e a corcunda entre suas escápulas o deixa tão curvado que lhe parece mais confortável andar de quatro, como um animal.

Aos 13 anos, depois da morte de seu pai, ele se torna o senhor de sua casa. A mãe, então, resolve enviá-lo para a Torre del Lupo, a torre do lobo, a propriedade da família no campo. É lá que ele conhece a liberdade e as responsabilidades de ser um homem, encontra o amor e descobre a maldição de sua família: assim como o avô Lorenzo, conhecido como Il Lupo, Angelo é um lobisomem.

Durante um longo período, dividido entre suas naturezas animal e divina, a paixão e a fúria, ele comete tantos desatinos que acaba ferindo todas as pessoas que ama e provacando uma grande tragédia. Reduzido a um trapo humano, passa a vagar como louco pela cidade e, para expiar seus crimes e pecados, é condenado a viver sete anos como lobo. Ao fim desse tempo, e ainda em busca de sua essência, ele viaja ao monte LaVerna, um lugar sagrado, onde se encontra com seres angelicais que o orientam a levar uma vida humilde e de sacrifícios.

Quase 50 anos depois, ele reencontra a mulher que sempre amou - mesmo que não soubesse disso - e o filho que nunca conheceu. Após ter sofrido os ferimentos autoinfligidos de seu inferno, completado os exílios e o treinamento espiritual de seu purgatório, Angelo, o anjo, pode finalmente desfrutar seu paraíso terrestre.

O AUTOR
John Sack

Formado em Língua Inglesa pela Universidade de Yale, John Sack nasceu em 1938, em Ohio, EUA. Na juventude, Sack passou dois anos sob a tutela de Thomas Merton em um mosteiro no Kentucky e, mais tarde, fez um retiro num ashram hindu em Gabeshpuri, na Índia.

Sack trabalhou como redator nas áreas de computação e astrofísica. Ele é autor de livros técnicos de informática e também de The Wolf in Winter (O lobo no inverno), onde narra a trajetória de São Francisco de Assis quando era jovem. A pesquisa para um segundo livro, em que contaria a vida adulta do santo, o inspirou a escrever A conspiração franciscana.





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