sábado, 9 de julho de 2011

evento -Exposição “Dores da Colômbia”


Exposição “Dores da Colômbia”, de Fernando Botero, tem período para visitação prorrogado


Com o patrocínio da CAIXA, obras ficam expostas no MON até 21 de agosto



Aqueles que ainda não conferiram a belíssima exposição “Dores da Colômbia”, do mundialmente consagrado Fernando Botero, terão mais uma semana para fazê-lo, pois devido à intensa visitação, a exposição, que terminaria no próximo dia 14, estará à disposição do público até o dia 21 de agosto no Museu Oscar Niemeyer (MON). A mostra, que conta com o patrocínio da CAIXA, está em cartaz desde 19 de maio.



Famoso por desdenhar de estereótipos da sensualidade, pintando gordinhas e gordinhos erotizados, com um traço quase sempre bem humorado, Botero denuncia nesta exposição a violência da história colombiana em obras impactantes.



A exposição, que esteve no Brasil em 2007 no Memorial da América Latina em São Paulo, onde foi vista por 25 mil pessoas em apenas um mês de mostra, voltou ao país num percurso que inclui, além de Curitiba, os espaços da CAIXA Cultural Brasília, Rio de Janeiro e Salvador. O retorno da mostra ao país é uma iniciativa da Aori Produções Culturais.



Em Curitiba a exposição reúne 67 obras doadas pelo artista ao acervo permanente do Museu Nacional da Colômbia, curador da exposição. Os 36 desenhos, 25 óleos e seis aquarelas, realizados entre 1999 e 2004, registram um testemunho da violência que assola o país há anos, como conseqüência da ação de grupos guerrilheiros, políticos e paramilitares. O conflito resultou no exílio de 1,5 milhão de colombianos nas últimas décadas e é também um movimento social que busca as bases para a busca da justiça no país. Visceral e dramático, o artista se transforma em repórter de seu tempo ao retratar a brutalidade movida por perseguições, torturas e assassinatos.



“Dores da Colômbia” dialoga com uma corrente artística que vincula a arte à política. Embora retrate uma situação trágica de um período bem determinado, Botero criou as composições com pinceladas de cores vibrantes capazes de atrair e envolver cada vez mais pessoas de todo o mundo no drama colombiano e de outros países que vivem conflitos sociais. Outros mestres imprimiram discursos e fatos históricos em suas telas, como Francisco Goya (“Desastres da Guerra”) e Pablo Picasso (“Guernica”), que recriaram, à sua maneira, atos dos períodos de turbulência vividos em seus países.



Nas obras satíricas de Fernando Botero, políticos, militares, religiosos, músicos e a realeza são retratados como figuras roliças, corpulentas e estáticas. Sem abandonar o estilo que o tornou famoso, nesta coleção o artista lança seu olhar sobre episódios como os atentados que afligiram a Colômbia nos anos 1980 e 1990. Ao contrário da maioria de suas obras, a série não revela o lado humorístico do pintor, mas o que ele chamou de “um testemunho da irracional história colombiana”.



Fernando Botero



Pintor e escultor colombiano, nascido em 1932 na cidade de Medellín, Botero é um dos artistas mais prestigiados da América Latina e tem peças expostas nos mais importantes museus internacionais. Suas obras se destacam sobretudo por figuras rotundas, padrão estético que é a marca registrada do artista. Aprendeu a técnica de afrescos e história da arte em Florença (Itália) e no México, estudou os murais políticos de Rivera e Orozco, cuja influência é evidente em sua perspectiva política. Foi trabalhando a maior parte do tempo em Paris, nos últimos 30 anos, que obteve o reconhecimento internacional, com exibições por todo mundo.



Publicou seus primeiros desenhos aos 16 anos, no jornal “El Colombiano”. Em 1948 estreou em exposições com artistas de sua região. Mudou-se para Bogotá em 1951, onde logo realizou as primeiras exibições individuais. Estudou na Espanha, antes de seguir para Itália, para pesquisar sobre os renascentistas. Hoje, suas obras são orçadas na casa dos milhões de dólares e têm mais de 50 exibições nas maiores cidades do mundo. Entre os trabalhos mais conhecidos estão as releituras bem-humoradas e satíricas de “O Casal Arnolfini”, de Jan van Eyck, e “Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci. Em ambas, figuras humanas e animais são pintados de forma arredondada e estática.





Serviço



Exposição: “As Dores da Colômbia” – Fernando Botero

Local: Museu Oscar Niemeyer – MON

Endereço: Rua Marechal Hermes 999, Centro Cívico

Exposição: de 19 de maio a 21 de agosto

Horários: de terça a domingo das 10 às 18h

Ingressos: R$ 4 para adultos e R$ 2 para estudantes – Para menores de 12 e maiores de 60 anos a entrada é gratuita. No primeiro domingo de cada mês a entrada também é gratuita.

Informações: (41) 3350-4400

Classificação etária: Livre para todos os públicos

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