domingo, 24 de julho de 2011

evento - musica -Oficina de canto reúne alunos com mais de 60 anos






O curso “O canto por todo canto”, orientado pela cantora Ana Cascardo, faz parte do Circuito de Arte e Cultura da Fundação Cultural de Curitiba.



Alegria, conversas animadas, novos conhecimentos e muita disposição marcam os encontros da oficina “O canto por todo canto”, um dos projetos inseridos no Circuito de Arte e Cultura da Fundação Cultural de Curitiba. Comandada pela cantora Ana Cascardo, a oficina encerra neste mês suas atividades nas Regionais Cajuru, Boa Vista e Santa Felicidade, cumprindo a proposta de fazer da abordagem de técnicas vocais um veículo para o desenvolvimento pessoal dos participantes.

“É um trabalho prazeroso, que atende diferentes clientelas e promove o acesso à cultura e à arte, tendo como instrumentos a música e o canto”, enfatiza Ana Cascardo, uma das mais importantes artistas do cenário musical curitibano. Ela é responsável pela motivação de alunos de várias faixas etárias, interessados em melhorar a emissão vocal ao cantar. Para isso, a professora conscientiza os grupos sobre a necessidade de estudar as técnicas vocais para vivenciar e ampliar a capacidade interpretativa das canções.

Para intensificar o interesse na arte do canto, Ana Cascardo selecionou um repertório com obras de Noel Rosa, compositor que teve o centenário de nascimento comemorado no ano passado e é um dos ícones da música brasileira. A descoberta da música de qualidade é uma das atribuições da oficina, que também tem entre suas metas promover talentos e artistas amadores em suas comunidades.

“Estou aprimorando meus conhecimentos graças à dedicação da Ana”, ressalta Roberto Santos Canali, um dos integrantes da turma da Regional Santa Felicidade. Aos 64 anos, o aposentado encontrou na oficina a oportunidade de descobrir novas amizades e dar continuidade à atuação na área do canto. Com participações em corais, ele é muito exigente com os próprios estudos e mantém a mente aberta a experiências inovadoras, incentivando os colegas a adotarem a mesma postura.

Roberto faz parte de uma turma que se diferencia por reunir pessoas da chamada melhor idade, com mais de 60 anos. São 18 alunos que não deixam nada atrapalhar as aulas, comparecendo mesmo com chuva e trovoada. É o que acontece com o casal Iracema e José Gonçalves, que procura aproveitar ao máximo a oficina, driblando compromissos e a conhecida instabilidade climática de Curitiba para não faltar às reuniões. “Eu já atuei no coral da minha igreja e estou aproveitando para aprender as técnicas vocais”, conta Iracema, que se surpreendeu com a adesão do marido. “Nunca imaginei que ele iria participar, mas revelou-se um aluno aplicado”, destaca.

José Gonçalves, também de 64 anos, diz que a experiência está sendo muito boa. “É a primeira vez que aproveito uma das ofertas de cursos da Regional Santa Felicidade e fiquei muito contente com o resultado”, comenta. Ele é exemplo do sucesso alcançado pela oficina, que melhora a autoestima e a autoconfiança dos participantes por meio de suas performances em sala de aula. O desafio da polifonia, do canto a duas vozes, dos vocalizes e arranjos vocais poderá ser conferido no sarau de final de curso que os alunos promovem às 19h do dia 26 de julho, no auditório da Rua da Cidadania Santa Felicidade. A entrada é franca.

Nos próximos três meses, a oficina “O canto por todo canto” será desenvolvida nas Regionais Boqueirão, Bairro Novo e Pinheirinho, dentro da programação do Circuito de Arte e Cultura, que até novembro de 2012 prevê a realização de 108 oficinas artísticas em todas as regiões da cidade. Doze projetos foram selecionados por meio de edital do Fundo Municipal da Cultura para integrar o circuito, que consiste em mais uma iniciativa da Fundação Cultural para descentralizar as ações culturais.



Serviço:

Sarau de encerramento da Oficina “O canto por todo canto”, na Regional Santa Felicidade

Local: Auditório I da Rua da Cidadania Santa Felicidade (Rua Santa Bertila Boscardin, 213 – Santa Felicidade)

Data e horário: dia 26 de julho de 2011 (terça-feira), às 19h

Entrada franca

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