segunda-feira, 21 de maio de 2012

As profecias de Ricky Seabra em “Koyaanisqatsi, A Performance” na CAIXA Cultural Curitiba



Inspirado no filme “Koyaanisqatsi, Life Out of Balance”, o espetáculo conta com a direção do belga Dirk Verstockt

 


A CAIXA Cultural apresenta “Koyaanisqatsi, A Performance”, concebido por Ricky Seabra e com direção do belga Dirk Verstockt. O espetáculo é inspirado no filme cult “Koyaanisqatsi, Life Out of Balance” (1982 - Godfrey Reggio), que aborda a questão da sustentabilidade.

 Koyaanisqatsi, na língua indígena Hopi do sudoeste americano, significa a vida fora de equilíbrio. O filme é considerado o primeiro documentário ambiental em longa metragem e termina com três profecias dos Hopi: “um dia, o mar ferverá”, “se cavares coisas preciosas da terra convidarás o desastre” e “antes do fim, teias de aranha atravessarão os céus”. Essas profecias apocalípticas diziam que tudo o que fazemos contra a terra tem consequências para o ser humano, e pedem um novo modo de vida.

Trinta anos depois, Seabra colocou dois músicos em cena interpretando a famosa trilha de Philip Glass na viola caipira. Seabra reescreveu as profecias originais do filme de como o mundo vai acabar e resolveu apresentar 4 novas profecias mais otimistas de como o Brasil vai salvar o mundo. Em 1982, a técnica de "time-lapse" desenvolvida para o filme era o que havia de mais inovador, com carros, nuvens e cidades inteiras super aceleradas. A trilha foi composta pelo compositor minimalista Philip Glass, com o que havia de mais inusitado em termos de sonoridade.

O grande desafio de Seabra foi reinterpretar imagens e sons tão inusitados em um espetáculo teatral, que foi focado em três elementos: imagem, som e profecias. A trilha sonora foi recriada em instrumento um tanto quanto improvável: a viola caipira, tocada pelos músicos Daniel Miranda e Nelson Latif. As imagens agora surgem de um I-Pad manipulado ao vivo por Ricky. As profecias também foram atualizadas, sendo direcionadas para as atitudes que o Brasil deve tomar para salvar o mundo com ações na Amazônia, no Cerrado, na Mata Atlântica e no Sertão. São profecias que contam histórias de gado sendo expulso da Amazônia, aeroportos e palácios que sequestram carbono da atmosfera, nordestinos e pinguins usando o Sertão para resolver o problema de mudança climática, entre outras soluções mirobolantes ao som da viola caipira.
Koyaanisqatsi A Performance já foi apresentado no Kaaitheater (Bruxelas, Bélgica), no centro cultural Vooruit (Gent, Bélgica) e no Teatro Brakke Grond (Amsterdam, Holanda).
Ricky Seabra sobre Koyaanisqatsi A Performance:
"O filme inspirou uma geração de cineastas e mudou para sempre a aparência dos filmes e dos comerciais. O estilo Koyaanisqatsi de animação "time-lapse", de nuvens e paisagens urbanas super aceleradas, domina hoje em dia e tornou-se um pano de fundo "cool" para incontáveis comerciais, vídeo-clips, aberturas de TV e filmes. A técnica Koyaanisqatsi é associada à sociedade de ritmo agitado ou simplesmente à passagem do tempo. A mensagem de aviso do filme original (que estamos vivendo de forma perigosamente rápida) foi comercializada e deturpada... algo que não podia ter acontecido com um filme tão importante para uma geração inteira. E é por isso que precisei fazer o Koyaanisqatsi A Performance."
Ricky Seabra (idealizador, autor e performer):
Artista visual e performer brasileiro-americano Formado na Parsons School of Design Nova Iorque com mestrado em desenho industrial na Design Academy Eindhoven na Holanda. De 2002 a 2006 foi artista residente do Kunstencentrum na Bélgica, onde criou os espetáculos Aviões & Arranha-Céus, Isadora.Orb, Império Love to Love Baby. O seu último espetáculo “Koyaanisqatsi, A Performance” foi criado em residência no KaaiTheater em Bruxelas.

Dirk Verstockt (diretor)
Dirk Verstockt (1960) é um homem de teatro baseado em Bruxelas, Bélgica, que atua como diretor, orientador, treinador, crítico, escritor, tradutor, organizador, curador, etc. Ele trabalha com as instituições Boris vzw (Bruxelas), Rits/DK (Bruxelas), Dasarts (Amsterdam), a Stichting Traum A (Amsterdam), Belas Estratégias (Rio de Janeiro) e Fomenta Produções (Rio de Janeiro). Atualmente é membro do Conselho Consultivo de Música e do Conselho Consultivo de Cultura da Juventude, ambos ligados ao Governo flamengo. No passado, Dirk trabalhou com o Kaaitheater (Bruxelas), KVS (Bruxelas, Kinshasa), Beursschouwburg (Bruxelas), Centro de Artes nona (Mechelen), Dada Toneel (www.dadatoneel.be) e outros. Ele vai comer uma casquinha de siri a qualquer momento.



Nelson Latif (músico)
Violonista e tocador de cavaquinho, formou sua identidade musical na legendaria cena de jazz dos anos 80, em São Paulo. Com raízes no choro e no jazz, Latif mescla o estilo brasileiro e a técnica de violão clássico com diversas influências musicais. Nos anos 90 mudou-se para Amsterdam e começou a tocar cavaquinho. Latif voltou ao Brasil em 2001 quando formou o Trio Baru com Fernando Corbal e Bosco Oliveira. 2005 Latif gravou o CD Choro, Samba e Afins, juntamente com o violonista holandês Joeri de Graaf. Esta gravação originou o Projeto Choramundo, unindo músicos da Holanda, Suriname e do Brasil.

Daniel Miranda (músico)
Daniel Miranda é Geógrafo formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Seus estudos musicais começam aos 12 anos no instituto Ian Guest (CIGAN) no Rio de Janeiro. Sua carreira de solista se inicia aos 16 anos nesta cidade. Se estabelece em Bruxelas em  2005 onde grava seu primeiro disco solo pela gravadora IGLOO. Em 2007, seu espetáculo " O Brasil em 17 Cordas' recebe  a subvenção oficial do governo Belga: Art et Vie. Desde 2010, o mesmo espetáculo é integrado ao sistema de ensino médio belga no programa "Les jeunesses Musicales". Discografia: 1999: Rio Trio ( Paulo sá Bandolim, Henrique Drach - Cello ). 2001:  "RENCONTRE" em Duo com o guitarrista Irlandês Frankie Rose. 2003:  “Si c'est Chanté c'est pas Perdu” - Mons- Bégica. 2005: "BIENVENUE" Daniel Miranda- Solo.

Ficha Técnica:
escrito e performado por Ricky Seabra
co-escrito e dirigido por Dirk Verstockt
músicas de Philip Glass da trilha Koyaanisqatsi
arranjadas e adaptadas por Nelson Latif, Daniel Miranda, Ricky Seabra
música tocada ao vivo por Nelson Latif, Daniel de Miranda
desenho de luz e som Chris Segers (Kaaitheater)
produzido por Kaaitheater (Bruxelas), Fomenta Produções (Rio de Janeiro), Belas Estratégias (Rio de Janeiro), Boris vzw (Bruxelas)

Serviço:
Koyaanisqatsi A Performance
Local: CAIXA Cultural – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Curitiba (PR)
Data: de 25 a 27 maio
Hora: sexta e sábado às 20h e domingo às 19h
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia – conforme legislação e correntista CAIXA)
Bilheteria: (41) 2118-5111 (de terça a sexta-feira das 12h às 20h, sábado das 16h às 20h e domingo das 16h às 19h)
Classificação etária:
Lotação máxima: 125 lugares (02 para cadeirantes)

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