domingo, 2 de dezembro de 2012

SP_URBAN DIGITAL FESTIVAL.

São Paulo: o centro financeiro do Brasil. Avenida Paulista: o coração da cidade. Edifício FIESP-SESI: cartão postal paulistano


Impossível não reparar no prédio da sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Inaugurado em 1979, o edifício se sobressai na paisagem urbana da Avenida Paulista com sua imponente fachada piramidal. Agora imagine transformar este marco da arquitetura paulistana num canal de arte digital para a exibição de obras visuais ou, se preferir, numa moderna galeria virtual a céu aberto. Atribuir uma nova função social a um dos edifícios mais simbólicos da maior metrópole brasileira é a missão do SP_URBAN DIGITAL FESTIVAL.


Ousado e gigantesco, o projeto foi idealizado pela produtora VERVE CULTURAL e adotado pelo SESI-SP. Com curadoria de Marília Pasculli (Verve Cultural, Brasil) e consultoria curatorial de Susa Pop (Public Art Lab, Alemanha), o SP_Urban Digital Festival se insere dentro do conceito de Media Facade. Muito se fala sobre este termo na Europa, que nada mais é do que transformar fachadas arquitetônicas em telas para exibição de obras audiovisuais.


Foram instalados no prédio da FIESP/SESI-SP, apelidado de “colméia”, 26.241 clusters, cada um formado por 4 lâmpadas de LED (light emitting code). Esta cadeia elétrica possibilita a transmissão de até 4,3 bilhões de combinações de cores. A estrutura metálica que reveste o edifício está recheada de lâmpadas de LED, transformando assim, sua fachada na maior e primeira galeria de arte digital da América Latina.


Alguns exemplos de edifícios que sediaram cores e luzes criativas em suas fachadas são: Shopping ILUMA em Cingapura; MediaLab-Prado, em Madri, na Espanha; na Áustria temos o ARS Electronica Center, em Linz; e a UNIQA Tower, em Viena; para citar alguns. Isso sem contar o já renomado Media Facades Festival, que acontece desde 2008 em diversas cidades europeias.


A primeira edição do SP_Urban Digital Festival terá duração de cinco semanas, com início em 03 de dezembro. Nesta data, à partir das 20h, São Paulo mudará de cara. O edifício FIESP/SESI-SP servirá de tela para a execução das obras digitais feitas pelas mentes criativas dos artistas paulistanos VJ Spetto (United VJs), o coletivo BijaRi e a Goma Oficina. Também integram o time o colombiano Esteban Gutierrez, o francês Antoine Schmitt e a dupla Mar Carnet & Varvara Guljajeva da Espanha e Estônia respectivamente.


À partir de então, todos os dias de Dezembro, das 20h às 6h, o prédio acenderá. Cada artista terá cinco dias do festival dedicados exclusivamente à transmissão de sua obra, das 20h à 23h. De 23h às 01h, inicia-se a concepção do francês Antoine Schmitt, chamada “City Sleep Light”. Depois a programação é mista e randômica, como será no dia da estreia e de encerramento (31/12).


Vale ressaltar aqui a obra de Antoine Schmitt, que é renomado mundialmente pelo projeto “City Sleep Light”. Traduzida como “luz do sono da cidade”, ela tem como matéria-prima os dados de atividades sócio-econômicas do local onde está sendo realizado. Estes dados são recolhidos a partir de um software que coleta os códigos de fluxos disponíveis na internet de uma cidade específica: trânsito, transações bancárias, etc. Quando a cidade vai dormir, Antoine transforma estes códigos em pulsações de luz branca. Todos os pixels piscam juntos, transformando o edifício em um organismo vivo, que respira de acordo com o ritmo pulsante da região. Será como observar os batimentos cardíacos da capital paulistana a cada noite.


A transformação de um edifício icônico num novo canal de divulgação cultural consegue expandir o conceito de arte, e chama a atenção para as novas tecnologias e formas de expressão. Além de colocar São Paulo no mapa dos eventos e projetos de Media Facade mundiais. Esta tela urbana de enormes proporções é um presente para São Paulo e promete evocar sensações, interações entre as pessoas na Avenida Paulista e gerar diversas interpretações. Qual será a sua?


SP_URBAN DIGITAL FESTIVAL – 1a edição/ Artistas


Vj Spetto – Brasil


Pioneiro na arte de videoremixar no Brasil, é considerado uma das maiores referências mundiais no assunto. Atua desde 1997 como VJ, videoperformer, programador e videodesigner. Desenvolve tecnologias para manipulação ao vivo de imagens utilizando softwares e hardwares resultantes de suas pesquisas. Desde 2002, ministra regularmente palestras e workshops em instituições renomadas de ensino do mundo todo. Spetto é integrante do coletivo United VJs.


Antoine Schmitt – França


Artista com formação em engenharia de programação, é especialista em criar instalações que explorem as relações homem-computador e inteligência artificial. Suas obras possuem forma de objeto, de instalações interativas, traduzindo em movimentos ritmicos os códigos e dados de processamento específicos. Antoine já ganhou diversos prêmios internacionais, entre eles o Transmediale (Berlim) e o International Festival of Video-Dance, promovido pela UNESCO. Participou de exposições em renomadas instituições como o Centre Georges Pompidou (Paris, França), Sonar (Barcelona, Espanha) e Ars Electronica (Linz, Áustria).


Esteban Gutierrez – Colômbia


É especialista em desenho multimídia. Gutierrez programa suas próprias ferramentas de pintura eletrônica. Participou de várias exposições coletivas e individuais na América Latina e Europa, onde ganhou por dois anos consecutivos o Prémio Joven de Artes Plásticas (Espanha, 2009 e 2010). Ministra regularmente palestras e conferências tendo como tema central a arte digital.


BijaRi - Brasil


Coletivo de criações de artes visuais e multimídia formado em 1996 por arquitetos e artistas plásticos. Especializado em realização de projetos artísticos em diversos suportes e tecnologias, o grupo atua entre os meios analógicos e digitais propondo experimentações estéticas, sobretudo de caráter crítico. Intervenções urbanas, performances, vídeo, design e web design tornam-se meios para estabelecer possibilidades de vivências onde a realidade é questionada.


Goma Oficina - Brasil


A Goma Oficina é um grupo de jovens artistas e arquitetos especializados na criação de obras que experimentam as particularidades de intervenção urbana através de recursos multimídia e objetos cenográficos esculturais em espaços públicos. Participaram do festival URBE - Mostra de Arte Pública (São Paulo, 2012) e assinam a autoria do projeto "As paredes vão dançar", que explora sensações de mobilidade e ilusão de óptica em edifícios da cidade de São Paulo.


Mar Canet & Varvara Guljajeva - Espanha/ Estônia


Mar Canet é um artista interdisciplinar com formação em Arte, Design, desenvolvimento de jogos e interfaces culturais. Trabalhou como engenheiro criativo na renomada instituição de arte eletrônica Ars Electronica Futurelab (Linz, Áustria). É co-fundador dos coletivos de arte digital Derivart e Lummo e, com eles, participou de diversas exposições e festivais internacionais. Varvara é uma artista dedicada a explorar o som, as pessoas, as relações com a tecnologia e seus materiais. Seu foco principal são as novas formas de arte e seu reflexo na sociedade, ambiente e "cyber-cidade". Desde de 2011, Mar e Varvara participam de residências artísticas nas seguintes instituições culturais: IAMAS (Japão), FACT (Inglaterra), MU Gallery (Holanda), STPLN (Suécia), Verbeken Foundation (Bélgica), Marginalia+lab (Belo Horizonte, Brasil).


SP_URBAN DIGITAL FESTIVAL - Side Events


Paralelamente com a exposição, o SP_Urban Digital Festival desenvolveu um plano pedagógico que realizará oficinas com questões conceituais e estéticas do projeto. “O link entre arquitetura e arte digital”, “experimentações no cenário urbano”, “arquiteturas mutantes”, “interação do cidadão com a cidade” e “a criação de um canal de difusão de arte visual” serão alguns do temas a serem abordados.


04/12, das 20h às 22h – Espaço Mezanino / 50 pessoas


Susa Pop
Palestra: Fachadas multimídia: desafios e potencialidades


Ministrada pela alemã Susa Pop, que é diretora e fundadora do Public Art Lab e responsável pela criação de renomados festivais de arte de novas mídias na Alemanha, como Media Facades Festival, Mobile Studios e Mobile Museums. Realiza conferências e workshops em todo o mundo na área de mídias urbanas. / A palestra evidencia os desafios e benefícios das fachadas de arte multimídia para os centros urbanos, as possibilidades de integração de várias cidades através das novas tecnologias (projeto Connecting Cities) e o desenvolvimento de uma audiência consciente e ativa. / Demonstração de ações inovadoras já implementadas e projetos em desenvolvimento pelo mundo.


05/12, das 20h às 21h30 – Espaço Mezanino / 50 pessoas


VJ Spetto


Palestra: Arte nos espaços públicos Ministrada pelo VJ Spetto, a palestra visa mostrar os fatores na história da arte e da arquitetura que levaram a repercussão da arte nos espaços públicos e seu impacto e importância na sociedade atual/ As fachadas das cidades como páginas em branco onde se pode comunicar e expressar idéias/ Abordagem da prática do graffite como percussor da arte no espaços públicos e a relação na tendência de incorporar recursos de iluminação e técnicas interativas como o vídeo mapping, possibilitando ao criador plena liberdade de atuação/ Exemplificar os métodos de pintura digital que não alteram ou atacam fisicamente os edifícios, mas emitem luz sobre eles, tornando possível não só pintar, alterar a estética das cidades, como também difundir ideias e mensagens/ Apresentação de projetos realizados pelo próprio artista no espaço público.


05/12, das 16h às 19h – 06/12 e 07/12, das 18h30 às 21h30 – Espaço Mezanino / 15 pessoas


Esteban Gutierrez
Workshop: Material digital na criação artística


Workshop de produção de conteúdo digital ministrada pelo artista Esteban Gutierrez. Uma introdução à inovação na produção artística, onde a sensorialidade e a emoção humana surgem como aspectos fundamentais do processo de criação dos artistas e vídeo makers/ Abordagem do uso de tecnologias emergentes na criação de instalações artísticas/ Descrição sobre a criação de ferramentas originais e softwares para fins artísticos específicos (Processing)/ Apresentação de casos de sucesso e discussão coletiva das diferentes proposições. / Aula prática - criação de conteúdo digital a ser transmitido na plataforma.


A VERVE CULTURAL


Formada em Agosto de 2011 por Marília Pasculli (especializada em curadoria de arte de novas mídias) e João Frugiuele (produtor cultural e relações públicas), consiste numa plataforma de criação interdisciplinar voltada para produção musical, inserção de arte em espaços públicos e criação e de instalações participativas.


Serviço:


Inauguração do SP_Urban Digital Festival – 1a edição
Dia 03/12/12, às 20h
Local: Prédio da FIESP/ SESI-SP
Av. Paulista, 1313.
Programação com todas as obras.
Após, todos os dias, das 20h às 06h, até 31/12/12
Palestras e Workshops:
Centro Cultural FIESP – Ruth Cardoso
Informações e reservas para as palestras e workshop: (11) 3146-7383
Espaço Mezanino – Av. Paulista, 1313 – Metrô Trianon/Masp
Gratuito


Programação de 04/12 a 31/12:
20h às 23h – obra de um artista específico*
23h à 01h – Antoine Schmitt ("City Sleep Light", obra de programação pulsante de acordo com dados diários da cidade)
01h às 06h – programação mista e randômica


De 04/12 a 08/12: VJ Spetto com a obra “Inter Freak Quência”;
09/12 a 13/12: Mar Canet & Varvara Guljajeva com a obra “O Ritmo de São Paulo”;
14/12 a 18/12: BijaRi com a obra “Metacidade”;
19/12 a 23/12: Esteban Gutierrez com a obra “Construcción de Idea (São Paulo – Bogotá)”;
23/12 a 27/12: Goma Oficina com a obra “Homo Ludens”;
28/12 a 31/12: todos.


Créditos:


Idealização: Verve Cultural
Realização: SESI-SP
Produção Executiva: Verve Cultural
Curadoria: Marília Pasculli
Patrocínio: SESI-SP


Um comentário:

Anônimo disse...

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