sábado, 27 de julho de 2013

Intermidialidade e Estudos Interartes Desafios da arte contemporânea Thais Flores Nogueira Diniz (Org.)

Intermidialidade e Estudos Interartes

Desafios da arte contemporânea

Thais Flores Nogueira Diniz (Org.)



Coleção: Humanitas
2013. 152 p.
Dimensão: 22,3 X 15,5 X 0,9
Peso: 240 gramas

São raras no Brasil publicações envolvendo questões teóricas, essenciais ao embasamento dos estudos interartes, e, mais ainda, textos voltados para os estudos de intermidialidade que, sem descartar análises de obras canônicas, contemplam produções contemporâneas, de caráter estético às vezes questionado. Este livro visa preencher essa lacuna, oferecendo uma seleção de textos de difícil acesso, traduzidos por integrantes do grupo de pesquisa Intermídia: Estudos sobre a Intermidialidade, que abordam, além do próprio conceito de intermidialidade e sua relação com os estudos literários, outras noções cruciais, tais como: remediação, picturalidade, transescritura e relações músico-literárias. Escreve Solange Ribeiro de Oliveira.


Colocando um pouco mais de lenhas na fogueira e ressaltando a importância do lançamento deste livro pela UFMG, transcrevemos aqui um trecho do texto de Claus Clüver da Indiana University - (...)
O adjetivo intermedial ainda soa estranho em inglês e se associa ao termo intermedia, utilizado em círculos especializados com significado bem específico. Até o presente momento, encontrei o termo inglês intermediality quase que exclusivamente em trabalhos de autoresque são originários lingüística e cientificamente de países de língua alemã; uma exceção é o holandês Eric Vos (...). Em artigo na mesma coletânea, Jürgen E. Müller resume as principais teses de seu livro Intermedialität: Formen moderner kultureller Kommunikation [Intermidialidade: formas de comunicação cultural moderna] e estabelece uma distinção clara entre os adjetivos intermedia e intermedial ,em língua inglesa.
Assim como Müller, Werner Wolf, em The Musicalization of Fiction: AStudy in the Theory and History of Intermediality [1999; A Musicalização da narrativaliterária: um estudo sobre a teoria e a história da intermidialidade], parece contar coma possibilidade dessa formação lexical. Já Peter Wagner, organizador de Icons – Texts – Iconotexts: Essays on Ekphrasis and Intermediality
[1996; Ícones – textos – iconotextos:ensaios sobre écfrase e intermidialidade], e, como Wolf, professor de Literatura Inglesa,expressa sua preferência por the study of intermediality
(estudo da intermidialidade) ao invés da expressão interarts studies (estudos interartes), empregada por outros estudiosos do assunto.Pode-se perguntar, entretanto, se existe uma correspondência entre o que se entende na Alemanha por pesquisa sobre a intermidialidade e o campo de pesquisa que, nos EUA e em outros países, por enquanto ainda leva o rótulo de Estudos Interartes. Digo “por enquanto” porque tal rótulo, (...) torna se cada vez mais equivocado e questionável. Frente a isso talvez fosse melhor seguir os exemplos mencionados e introduzir uma designação derivada do termo usado em alemão. Entretanto, isto seria aconselhável apenas caso se considerasse os termos “Estudo da Intermidialidade” e “Estudos Interartes” como plenamente equivalentes, como pressupõem Wolf e Wagner; ou se, após uma discussão mais aprofundada dos dois conceitos e de seus campos correspondentes, fosse possível aproximá-los tanto na formulação de tarefas quanto no método e, sobretudo, na escolha dos objetos de pesquisa. Além disso, é necessário não só esclarecer o modo como o conceito de “intermidialidade”deve ser entendido, mas também discutir se ele não é mais problemático do que suautilização atual deixa transparecer.



-LANÇAMENTO DA






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