quarta-feira, 11 de setembro de 2013

AS DOENÇAS E OS MEDOS SOCIAIS de Yara Nogueira Monteiro e Maria Luiza Tucci Carneiro

AS DOENÇAS E OS MEDOS SOCIAIS

de Yara Nogueira Monteiro e Maria Luiza Tucci Carneiro


   Tamanho: 16 x 23 cm
    Peso: 667.000 kg
    Páginas: 432
    Edição: 1
    Ano: 2013


    A coletânea reflete a produção de um dos segmentos de pesquisa do Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação da Universidade de São Paulo(LEER-USP). Os ensaios aqui reunidos inserem-se em um campo do conhecimento ainda pouco explorado: o da história das doenças, dos medos, da discriminação e de sua repercussão no meio social.



A obra é resultado de um seminário organizado pelo LEER, em 2009. “Diante do sucesso de público, resolvemos desenvolver um projeto dedicado ao tema das doenças e dos medos, procurando incentivar pesquisas em nível de pós-graduação e abrir arquivos ainda desconhecidos ou desvalorizados pelos historiadores”, explica Maria Luiza.
Para a professora Yara Monteiro, “é importante destacar que os estudos envolvendo os medos, os sofrimentos e a exclusão social ligados às doenças já são bastante pesquisados há décadas em países como a França; já no Brasil, é algo mais recente”. Yara ressalta que, apesar da multiplicação dos saberes e dos avanços científicos que permitem, nos dias atuais, a cura de patologias como a hanseníase, ainda persistem no imaginário social certos arquétipos. “Um desses arquétipos é a origem dos males explicada pelo sobrenatural: uma doença que ocorre por punição divina ou sortilégio”, conta. No caso do sortilégio, a pesquisadora cita que, na Idade Média, boatos apontavam que judeus e leprosos espalhavam unguentos contaminados nos bancos das igrejas para contaminar os cristãos. “Muitos desses judeus e leprosos foram queimados nas fogueiras da Inquisição.”
Segundo Yara Monteiro, esses medos vão se transformando ao longo dos séculos e ainda permanecem no imaginário coletivo: numa versão atualizada, há boatos associados à aids, em que agulhas contaminadas com o vírus HIV seriam deixadas em bancos de cinema para contaminar quem senta no lugar; ou ainda a existência de pessoas que morderiam outras para transmitir o vírus causador da aids.

   




AS AUTORAS
    Yara Nogueira Monteiro é mestre em história social e doutora em ciências pela USP. Atualmente é pesquisadora científica no Instituto de Saúde, em São Paulo. Maria Luiza Tucci Carneiro é professora livre-docente da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e da Faculdade de Direito da USP. Sua pesquisa concentra-se nos temas do racismo e do antissemitismo.

   

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