sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Razão do Poema Ensaios de crítica e de estética de José Guilherme Merquior

Razão do Poema

Ensaios de crítica e de estética


de José Guilherme Merquior


Formato: 13,5 x 23,3 cm
Número de Páginas: 336
Acabamento: Brochura

Lançamento: 2013




Sobre o livro fala Antonio Candido

Merquior foi sem dúvida um dos maiores críticos que o Brasil teve. Lembro como sinal precursor o ensaio que escreveu bem moço sobre a “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias, fazendo uma descoberta que dava a medida de sua imaginação crítica – entendendo-se por imaginação crítica a capacidade pouco frequente de elaborar conceitos que têm o teor das expressões metafóricas ou o voo das criações ficcionais. Estou falando do seguinte: ao comentar a afirmação costumeira de que o famoso poema é tão bem realizado porque não tem adjetivos, ele mostrou que a sua eficiência provém na verdade do fato de ser todo ele, virtualmente, uma espécie de grande expressão adjetiva, uma qualificação sem qualificativos, devido à tonalidade do discurso. Num de seus ensaios ele disse que a falta de informação filosófica prejudicava a maioria da crítica brasileira. Ora, desse mal ele estava galhardamente livre. A sua acentuada vocação especulativa e a vasta erudição que a nutria lhe permitiram fazer do trabalho crítico uma investigação que não se satisfazia em descrever e avaliar os textos, mas desejava descobrir o sentido entesourado e em seguida ligá-lo a outros produtos da cultura.

O AUTOR
José Guilherme Merquior


Quarto ocupante da Cadeira 36, eleito em 11 de março de 1982, na sucessão de Paulo Carneiro e recebido pelo Acadêmico Josué Montello em 11 de março de 1983.

José Guilherme Merquior nasceu na cidade do Rio de Janeiro, a 22 de abril de 1941 e faleceu no Rio de Janeiro em 7 de janeiro de 1991. Era filho de Danilo Merquior e de Maria Alves Merquior.

Diplomata, filósofo, sociólogo, escritor e bacharel em Direito. A formação universitária de Merquior foi das mais brilhantes e completas, tendo juntado os títulos mais diversificados, a começar pelo licenciamento em Filosofia (Rio de Janeiro, 1962); bacharel em Direito (1963); diploma do curso de preparação à carreira diplomática (1963); aluno titular do Seminário de Antropologia do College de France (1966 a 1970); Doutor em Letras pela Universidade de Paris (1972); PhD em sociologia pela London School of Economics and Political Science (1978) e Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco (1979).

Como professor ministrou cursos nas seguintes instituições: Instituto de Belas-Artes - Rio de Janeiro (1963); curso de História da Literatura Brasileira, na Universidade do Ar; curso de pós-graduação sobre o modernismo brasileiro (Universidade Nova de Lisboa, 1976); curso de Estética Contemporânea, (Montevidéu - julho de 1981).

Ministrou conferências sobre Arte, Literatura, Filosofia, Sociologia, Semiologia e História da Civilização em várias Universidades brasileiras. Participou de vários eventos de natureza cultural em nosso país e no exterior.

Como diplomata exerceu suas funções, a partir de sua nomeação para o cargo de terceiro secretário (7 de novembro de 1963), nos seguintes locais: Ministério das Relações Exteriores; Divisão de Cooperação Intelectual; Oficial de Gabinete do Ministro de Estado; Secretário da Delegação brasileira à II Conferência Interamericana Extraordinária; Terceiro Secretário na Embaixada do Brasil em Paris, 1966, e Segundo Secretário no ano seguinte; Primeiro Secretário em Bonn (1973); Primeiro Secretário em Londres (1975/1979); Conselheiro, em Montevidéu (1980/1981); Ministro de segunda classe em Montevidéu (1982) e Ministro-conselheiro na Embaxada do Brasil em Londres (1983).

José Guilherme Merquior deixou publicados, entre outros, os seguintes livros: "Razão do Poema"; "Arte e Sociedade em Marcuse, Adorno e Benjamin"; "A astúcia da mímese"; "Saudades do Carnaval"; "Formalismo e tradição moderna; "Verso e universo de Drummond"; "De Anchieta a Euclides"; "O fantasma romântico e outros ensaios"; "As idéias e as formas"; "A natureza do processo"; "O argumento liberal"; "O elixir do Apocalipse"; "O estruturalismo dos pobres e outras questões".

Além dessas obras, José Guilherme Merquior publicou vários outros trabalhos em colaboração com Manuel Bandeira, Jacques Bergue, Eduardo Portella, Perry Anderson, Roberto Campos, Lucio Colletti et. al.

Prefaciou alguns livros e colaborou com verbetes em enciclopédias, especialmente na Mirador, dirigida por Antonio Houaiss.

Leia algumas paginas



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