sábado, 30 de novembro de 2013

CONVITE CCBB - REFLEXÃO SOBRE A DITADURA







O CCBB convida você para uma

 reflexão sobre os anos da ditadura,

no dia 6 de dezembro,

sexta-feira, partir das 18h,

na rua Álvares Penteado, 112 – Centro










Cenário de uma reflexão sobre a violência dos

regimes  autoritários,  com a montagem da peça

“Pedro e o Capitão” e a exposição “Resistir é Preciso”

o CCBB convida para  um  debate, com José Carlos Dias, 

Coordenador da Comissão da Verdade- Nacional

Adriano Diogo,   Presidente da Comissão da Verdade do

Estado de São Paulo, batizada de  Rubens Paiva,

e Maria Amélia Teles, ex-presa política e integrante da

Comissão Estadual da Verdade de SP *,

no dia  6 de dezembro, sexta-feira, das 18h às 19h.



A peça “Pedro e o Capitão” mostra  sessões

de interrogatório de um preso político (Pedro)

por um oficial da inteligência militar (O Capitão).

Em que pese a situação extremada na qual

os personagens se encontram,  a peça não é

construída como confronto entre um monstro e um santo,

mas entre dois homens de carne e osso,

que compartilham zonas de vulnerabilidade e de resistência.

Com Kiko Vianello e Fernando Belo. 

A direção é de Marcos Loureiro.



Após o debate, que tem entrada gratuita, com retirada de senha

uma hora antes do evento, o público

 poderá fazer uma visita à exposição “Resistir é Preciso”,

uma iniciativa do Instituto Vladimir Herzog,

que vem resgatando fragmentos da história do Brasil,

a partir das publicações e das pessoas que resistiram

à ditadura militar brasileira através da palavra impressa,

e assistir ao espetáculo “Pedro e o Capitão”, que começa às 20h.









*A Comissão Nacional da Verdade,  criada pela Presidente do Brasil Dilma Rousseff em 2011  visa investigar violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988 e hoje é coordenada pelo advogado  José Carlos Dias, que durante a Ditadura advogou em defesa de presos políticos, atuando diretamente na Justiça Militar. Dias foi Secretário da Justiça de São Paulo, entre 83 e 86, durante o governo Franco Montoro, e Ministro da Justiça, no governo Fernando Henrique Cardoso, entre 99 e 2000.



Criada e presidida pelo Deputado Adriano Diogo, a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo  leva o nome do ex-deputado santista Rubens Paiva, desaparecido desde 1971.  A Comissão da Verdade de SP tem como finalidade colaborar com a Comissão Nacional da Verdade o direito à memória e à verdade histórica e promover a consolidação do Estado de Direito Democrático, em relação às graves violações de direitos humanos ocorridas no território do estado de São Paulo ou praticadas por agentes públicos estaduais durante o período de 1964 a 1982.



Adriano Diogo desempenhou papel importante no movimento estudantil paulista durante a ditadura militar na década de 70. Atualmente  exerce seu 3º mandato de Deputado Estadual na Assembléia Legislativa.



Maria Amélia Teles é uma referência nacional na luta pela Memória, A Verdade e, principalmente, A Justiça. Amelinha foi militante durante os duros anos da ditadura militar no Brasil e foi presa junto com seu marido, irmã grávida e os filhos pequenos – Janaína e Edson Teles, com 5 e 4 anos na época –, pela Operação Bandeirantes em São Paulo.

Fundadora da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos e, recentemente, integrante da Comissão Estadual da Verdade de SP, Amelinha se dedica há mais de 30 anos à luta pela apuração das atrocidades da ditadura e pela responsabilização dos agentes do Estado pelos crimes cometidos.

Em agosto, a Justiça condenou em segunda instância como torturador o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra em uma ação movida pela família Teles, uma condenação inédita e histórica.

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A peça Pedro e o Capitão, escrita em 1979, oferece ao público brasileiro a oportunidade de apreciar uma obra inédita de Mario Benedetti,  consagrado escritor latino–americano.   A direção é de Marcos Loureiro, com Kiko Vianello e Fernando Belo no elenco.



Pedro e o Capitão reproduz, em cada um de seus 4 atos, as  sessões de interrogatório de um preso político (Pedro) por um oficial da inteligência militar (O Capitão).  A violência é retratada de forma indireta – em nenhum momento a tortura física é mostrada, mas Pedro, de uma sessão para outra, aparece cada vez mais machucado.



Em que pese a situação extremada na qual os personagens se encontram, a peça não é construída como confronto entre um monstro e um santo, mas entre dois homens de carne e osso, que compartilham zonas de vulnerabilidade e de resistência.



Nas palavras do próprio Benedetti, Pedro e o Capitão é “uma indagação dramática sobre a psique de um torturador”, onde se cruzam a coragem e a covardia, a capacidade de sacrifício, a moral, o ânimo e a sensibilidade face ao sofrimento,  na complexa teia de razões que embasam o comportamento humano.



O diálogo entre Pedro e o Capitão postula, por meio de um vasto arco de emoções, o que resulta, em nossa condição de mortais, das escolhas de cada um –pessoais e intransferíveis.



“Resistir é Preciso”



A temporada de Pedro e o Capitão coincide com a exibição da exposição “Resistir é Preciso”, idealizada pelo Instituto Vladimir Herzog, que será aberta no dia 12 de outubro, e que traz à tona a resistência dos meios de comunicação durante a ditadura.



Com este paralelo entre Artes Visuais e Teatro, o CCBB contribui para fomentar o debate sobre a memória da ditadura.

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Sobre o autor: Mario Benedetti (1920-2009) é considerado um dos principais autores uruguaios. Benedetti escreveu mais de 80 livros de poesia, romances, contos e ensaios, assim como roteiros para cinema.O romance “A Trégua” lhe deu projeção internacional e foi traduzida em mais de 19 países.



O escritor soube mostrar, em sua única peça que tem autorização para ser montada, que para chegarmos num futuro mais feliz  é preciso não termos medo de encarar o passado. Ao contrário, podemos extrair da dor do passado a força necessária para a construção do futuro.



“Não pratico uma literatura – e menos ainda um teatro- derrotista e choramingas, destinado a inspirar pena e comiseração. Precisamos recuperar a objetividade, como um dos meios de recuperar a verdade, e temos que recuperar a verdade como uma das formas de merecer a vitória”.





PEDRO E O CAPITÃO

FICHA TÉCNICA

Texto                                                           Mario Benedetti

Direção                                            Marcos Loureiro

Tradução                                         Marcos Rivera

Elenco                                              Fernando Belo

Kiko Vianello

Figurino                                           Cassio Brasil

Cenário                                            Omar Salomão

Iluminação                                      Fran Barros

Trilha Sonora                                 Dr. Morris

Programação Visual                    Marcelo Cordeiro

Fotos                                                Alexandre Catan

Assessoria de Imprensa             Flavia Fusco

Assistente de Direção                 Regis Trovão

Produção Executiva                    Daniel Palmeira

Coordenação Financeira             Cleo Chaves

Direção de Produção                   Carlos Mamberti

Idealização                                      Fernanda Couto

Produtora Associada                   VGI

Realização                                       CD4 Produções e Ananda Produções



Serviço


Estreou dia 31 de outubro. Temporada 2013 até 13 de dezembro, de quarta a sexta-feira, às 20 h.

Temporada 2014: de 8 a 19 de janeiro, com sessões as segundas, terças,quartas,quintas, sextas e sábados às 20h e domingos às 19h

CCBB

Rua Álvares Penteado, 112 – Centro – SP

Próximo às estações Sé e São Bento do Metrô

Informações (11) 3113-3651 / 3113-3652

bb.com.br/cultura  /  twitter.com/ccbb_sp  /  facebook.com/ccbbsp

SAC 0800 729 0722 / ouvidoria BB 0800 7295678

Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088

Classificação etária: 16 anos. Duração: 75 min. Gênero: Drama

Capacidade: 130 lugares. Bilheteria: quarta a segunda – 9h às 21h.

Valor Ingresso – R$ 10,00 – inteira – R$ 5,00 – meia.

Estacionamento conveniado

Rua da Consolação, 228 – Ed. Zarvos (R$ 15,00), com transporte gratuito até as proximidades do CCBB



MARCOS LOUREIRO – Diretor

Formado em artes cênicas pela Escola de Teatro Macunaíma, fez vários cursos de aprimoramento tanto na área teatral quanto na área cinematográfica. Desde 2000 vem atuando como diretor e em 2002 criou o GRUPO KURINGA que se dedica a pesquisa cênica sobre dramaturgia brasileira contemporânea. Dentre seus trabalhos como diretor, destacam-se: Hotel Lancaster (2002) de Mário Bortolotto; O Colecionador (2004) de John Fowles; A Louca de Chaillot (2006) de Jean Giraduax com Cleide Yáconis; Assassinos e Suínos da Praça Roosevelt (2007) de Jarbas Capusso Filho; Delicadeza (2007) de João Fábio Cabral; Chorinho (2007 à 2012) de Fauzi Arap, com Caio Blat e Claudia Mello e posteriormente com Denise Fraga. No Festival de Teatro de 1 Minuto dos Parlapatões (2008) assinou a direção de nove textos de diversos autores, dentre os quais: Fernando Bonassi, Otávio Frias Filho, Rodolfo Garcia Vasquez e Leilah Assumpção.

Na TV destaca-se o trabalho desenvolvido no seriado Aline-TV Globo.



FERNANDO BELO

Ator, diretor e coreógrafo paulistano. Diretor artístico da companhia norte-americana The Moving Art Collective, teve seus trabalhos apresentados nos EUA e em diversos países da Europa. Como ator, atuou internacionalmente com diretores como Travis Preston, Oleg Glushkov, Stefan Novinsky, John Gould Roubin e Zé Renato. Seu último trabalho na TV foi como o prefeito Lua Vianna no remake de Saramandaia da Rede Globo. É mestre em interpretação pela Califórnia Institute of the Arts (EUA).



KIKO VIANELLO

Ator formado em 1994 pela EAD (Escola de Arte Dramática da USP), trabalhou com Gianni Ratto, Antunes Filho, Miroel Silveira, Naum Alves de Souza, Luiz Damasceno , dentre outros diretores. Na televisão atuou em Malhação, além de ter feito participações no seriado Força Tarefa e na novela Insensato Coração. Recentemente integrou o elenco do seriado PSI há ser exibido em 2014 pela HBO. No cinema trabalhou no filme Os Boleiros, A Performance e Deus Jr. Dentre seus últimos trabalhos no teatro destacam-se: A Festa de Abgaiu e Os Penetras, de Mike Leigh com direção de Mauro Baptista Vedia; Pessoas Absurdas, de Alan Ayckbourn com direção de Otávio Martins; Brincando Com A Morte, texto de Joe Orton e direção de Alex Tenório.










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