segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Brasil: enfrentamento da crise de 2008 ocorre com redução do desemprego juvenil



Recentes estudos mostram que o enfrentamento da crise econômica de 2008, com medidas heterodoxas na orientação da política econômica e social, livrou a sociedade brasileira de impactos mais sérios na estrutura social, ao contrário dos países europeus.

A partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD -IBGE) de 2012, constata-se que continuou operando uma dinâmica social mais favorável dos indicadores da evolução do emprego, desemprego e rendimentos médios em vigor desde o início da década, mas nesse período com ainda mais celeridade, apesar do crescimento mais baixo.
Aponta-se que a reativação da economia centrada no estímulo ao consumo familiar afastou a recessão em 2008, mas que esta mesma estratégia não logrou reverter a desaceleração do crescimento após 2010. Entretanto, restam muitos desafios para a melhora significativa das condições estruturais de vida, ainda marcadas profundamente por graves carências sociais.
Emprego na juventude
Sobre a juventude, a redução no desemprego juvenil tem sido reforçada pela evolução demográfica, com menor participação dos segmentos juvenis na população. Jovens de 15 a 24 anos também recuam em sua participação no total dos ocupados, passando de 19,5% em 2008 (17,3 milhões) para 17,6% (16,2 milhões) em 2012, com um expressivo decréscimo absoluto de 1,1 milhão, enquanto o total de ocupados avança de 88,6 milhões em 2008 para 91,8 milhões em 2012, com um crescimento de 3,1 milhões.
Ao mesmo tempo, ocorre diminuição do desemprego juvenil. Constata-se assim que a queda no emprego juvenil não decorre de um agravamento no desemprego: sugere-se que esse fenômeno seja sintoma de progresso social, em que jovens de famílias em melhores condições podem se dedicar exclusivamente a outras atividades, tais como o estudo.

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