terça-feira, 27 de junho de 2017

FPA Análise de Mídia - 26/6

 
  • CAPA – Manchete principal: “Em SP, via-crúcis do enterro tem assédio e constrangimento”
  • EDITORIAL – “Sem juízo final” trata do processo relacionado ao tríplex do Guarujá. A Folha afirma que a decisão de Sérgio Moro deve sair nos próximos dias e que há o veredito é imprevisível. Segundo o jornal, especialistas dizem que em outros processos existem provas mais contundentes contra Lula, o exemplo citado pela Folha é o caso do sítio de Atibaia. O editorial afirma que com ou sem tríplex, “não resta dúvida de que o PT e o seu líder, a exemplo de tantos outros na política, puseram o Estado a serviço de suas conveniências e dos grupos que os corromperam”. 
  • COLUNA PAINEL – DISPUTA TUCANA: Já profundamente dividido sobre a aliança com o governo Michel Temer, o PSDB vive novo dilema, desta vez centrado na disputa pelo comando da legenda. Ala afeita ao governador Geraldo Alckmin (SP) defende que, com a derrocada de Aécio Neves (MG), caiba ao paulista indicar os dirigentes da sigla. Aliados de outros caciques, como José Serra (SP), defendem a manutenção de Tasso Jereissati (CE) na presidência. Têm, porém, um problema: o cearense diz que não quer ficar no posto. Tucanos ligados a Serra e aliados de Aécio atuam para evitar que o partido convoque convenção para definir nova direção. Acham que, com o apoio do prefeito de São Paulo, João Doria, que está em alta, o grupo de Alckmin pode levar o comando da sigla. O impasse entre aliados de Alckmin e Serra tem como pano de fundo a disputa de 2018. Com Aécio fora de jogo, o governador despontou como presidenciável da sigla, mas Serra, que diz ser cedo para falar em eleição, ainda não desistiu de concorrer ao Planalto. Aliados do governador paulista no Congresso dizem, porém, que não há possibilidade de minimizar a participação dele na nova direção do PSDB. Para eles, é natural que Alckmin, apoiado por outros governadores, tome a dianteira do processo.
  • COLUNA PAINEL – PSDB NA MIRA DA POLÍCIA: Enquanto tentam manobrar o grave caso de Aécio, tucanos se preparam para novo revés. Veem o governador Pedro Taques (MT) em situação cada vez mais delicada. Dois de seus secretários foram presos em operação que investiga grampos ilegais feitos com o aval do governo estadual.
  • “Lula lidera, e 2º lugar tem empate de Bolsonaro e Marina, diz Datafolha” - Pesquisa realizada pelo Datafolha sobre intenções de voto para a disputa presidencial de 2018 aponta que o ex-presidente Lula (PT) manteve a liderança, com 29% a 30% das intenções de voto, seguido por Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSC). O deputado federal registra tendência de alta. Tinha 8% em dezembro de 2016, passou a 14% em abril e agora aparece com 16%, sempre no cenário em que o candidato do PSDB é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O tucano, por sua vez, oscilou positivamente em simulações de primeiro e segundo turnos, mas a sua rejeição cresceu para 34%, atrás apenas da de Lula. O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (sem partido) aparece com 11%, em quarto. Nos cenários testados para eventual segundo turno, Lula ganha de Bolsonaro e dos tucanos Alckmin ou João Doria, prefeito de São Paulo. O petista empata com Marina e com o juiz Sergio Moro (sem partido) na margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Marina vence Bolsonaro, e Ciro Gomes (PDT) empata com Alckmin e com Doria.
  • “Líderes de movimentos de direita e esquerda querem concorrer em 2018” - Entre palestras, consultorias e a coordenação do MBL, que o alçou a celebridade nas redes, Kim quer desembarcar de vez em outra cidade –Brasília. À reportagem ele conta que será candidato a deputado federal em 2018. O partido, entretanto, ainda não está definido. Kim não é o único a tentar a carreira política. O jovem diz que o MBL, que elegeu sete vereadores em 2016, pretende sair das próximas eleições com 15 deputados federais e outros 15 estaduais. Outra liderança que deve seguir este caminho é Carla Zambelli, do movimento Nas Ruas, fundado em 2011 sob a bandeira do combate à corrupção. Ela está dividida entre o DEM e o Novo para uma possível candidatura à Câmara dos Deputados. Do outro lado do espectro ideológico, Carina Vitral, ex-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) e um dos nomes mais influentes entre a juventude de esquerda, será candidata a deputada estadual pelo PC do B, partido ao qual ela é filiada desde 2007.
  • “Cabral tem excesso de antidepressivos em sua cela, diz Ministério Público”
  • “Planalto quer ação rápida na Câmara contra denúncia de Janot”
  • “Gravação de Joesley prejudica fala de Temer, diz perícia”
  • “Empresa de amigo de Temer tem contrato em obra parada de estatal”
  • “Temer recua e deve apoiar nome de lista tríplice para vaga de Janot”
  • “Crise política põe fim a ciclo de ganhos em investimentos” - Embora ainda falte uma semana para o fim de junho, já é possível dizer que o caos criado pela delação da JBS colocou um ponto final em cinco trimestres consecutivos de ganhos tanto na renda fixa quanto na renda variável. É o pior desempenho trimestral para os ativos em quase dois anos. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores, perdeu 5,7% no segundo trimestre, até o dia 23. Embora os efeitos mais danosos sejam mais claros na Bolsa, o segundo trimestre também foi o pior para a renda fixa em quase dois anos. O IMA-Geral, uma carteira que replica os títulos públicos que estão no mercado, rendeu 1% de abril até 23 de junho, segundo a Anbima. O rendimento equivale a apenas 45% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), usado como referência para esse tipo de investimento.
  • “Em 2016, obter crédito foi mais difícil para empresas familiares”
 
 
  • CAPA – Manchete principal: “Janot diz em parecer não ter dúvida sobre a culpa de Temer”
  • “À espera da denúncia” - A previsão é que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereça hoje ou, no máximo, amanhã denúncia contra o presidente Michel Temer no Supremo Tribunal Federal (STF). Este será o primeiro passo para que o presidente possa se tornar réu. Em documento protocolado na semana passada, Janot já deu indicativos de que não vai aliviar nas acusações. Entre outras coisas, o procurador-geral disse que não há dúvida de que Temer cometeu crime de corrupção e sugeriu que a manutenção dele na Presidência contribui para a continuidade do cometimento de crimes. A avaliação de Janot foi feita em um documento de 93 páginas em que ele defendeu a manutenção da prisão de Rochas Loures, ex-deputado e ex-assessor de Temer, apontado como o “homem da mala” do presidente. No texto, Janot disse que é “hialina”, ou seja, cristalina, a atuação conjunta dos dois nos crimes apontados na delação dos executivos do frigorífico JBS.
  • “Planalto não informa sobre reuniões de Temer” - Responsável pela segurança da Presidência da República, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) se recusa a fornecer informações sobre encontros do presidente Michel Temer com delatores, mas responde quando o questionamento é relativo à ex-presidente Dilma Rousseff. Em ambos os casos, os pedidos foram formulados pelo GLOBO com base na Lei de Acesso à Informação, tratam de reuniões supostamente ocorridas em residências oficiais do governo brasileiro e tem por base eventos passados e de conhecimento público. Os pedidos em relação a Temer são sobre os registros da visita feita pelo dono da JBS, Joesley Batista, em março deste ano; e de Marcelo Odebrecht e Cláudio Melo Filho, em maio de 2014.
  • “Com crise, Congresso tenta salvação com ‘distritão’” - No momento em que os partidos tradicionais, alvejados pela Operação Lava-Jato, procuram saídas para sua sobrevivência em 2018, cresceu no Congresso o apoio a uma polêmica proposta de mudança no sistema eleitoral. Tratase da alteração na eleição de deputados e vereadores, que passariam a ser eleitos pelo chamado “distritão”, sistema utilizado em apenas quatro países: Afeganistão, Jordânia, Vanuatu e Pitcairn (território britânico numa pequena ilha do Oceano Pacifico). Pelo novo modelo, são eleitos para o parlamento os candidatos mais votados, independentemente do apoio que seus partidos recebam. Hoje, as cadeiras de deputados e vereadores são distribuídas primeiro de forma proporcional aos votos recebido pelos partidos ou coligações, e ocupadas pelos candidatos mais votados destes grupos. A avaliação reinante na Câmara é que, diante da crise que atinge todos os partidos tradicionais, o “distritão” seria a melhor forma de garantir que os atuais detentores de mandato se reelejam. A princípio, a nova regra só valeria para 2018. O discurso é que ela funcionaria como uma transição para o voto distrital misto. Este sistema, usado na Alemanha, é apontado por muitos especialistas como uma alternativa melhor que a atual, uma vez que metade dos deputados seria escolhida em uma lista partidária e a outra metade de forma majoritária, como em uma eleição de prefeito, em distritos eleitorais. A reportagem ataca o conchavo político como se tomasse a posição do cidadão indignado e perplexo com a politicagem.
  • “No Senado, ‘distritão’ deve ter apoio de PSDB e PMDB”
  • “Atenção na bomba” – A reportagem alerta os leitores sobre fraudes em postos de combustíveis que funcionam com chips que enganam sobre a quantidade de combustível despejada no tanque do veículo.
  • “Financiamento do BNDES se concentra em poucas empresas” – Segundo a reportagem, em 2016 apenas 13 companhias conquistaram R$ 12 bilhões em empréstimos, 51% do montante que compreende operações com valor acima dos R$ 20 bilhões. Essas empresas representam 6% do total de pessoas jurídicas que conseguiram apoio do banco nessa categoria de fomento. Ainda de acordo com a reportagem, de 2015 para 2016 caiu pela metade o número de pessoas jurídicas que conseguiram esse tipo de investimento. O total caiu de 400 para 201. A reportagem é um claro exemplo de uma política de privilégio para poucos, de valorização da concentração de renda.
 
 
 
  • CAPA - Manchete Principal: "MP paulista vai investigar Lava Jato em 39 inquéritos" 

  • EDITORIAL - "Questão de prioridade" defende que, bem ou mal, as instituições estão funcionando e assim devem continuar até as eleições de 2018. Até lá, o Estadão defende que o governo continue trabalhando em prol das reformas que o jornal considera fundamentais para o Brasil. O texto ataca a oposição que, na visão do jornal, quer apenas se vingar e retomar o pode, sendo que nesse processo agiria de maneira irresponsável. O editorial ainda taca de incapaz qualquer um que se pronuncie contra o governo. O jornal, no entanto, critica o governo de forma suave ao dizer que Michel Temer não pode fazer antas concessões para aprovar as reformas
  • "Odebrecht faz MP abrir 39 inquéritos civis em SP" - A reportagem afirma que 29 inquéritos foram abertos e outros dez foram desarquivados. As investigações envolvem estatais paulistas como Metrô, agentes públicos e ao menos 24 políticos. O Estadão aponta que a lista de políticos reúne nomes como FHC, José Serra, Aloysio Nunes, Fernando Haddad, José Genoíno, Gilberto Kassab, Celso Russomano,  Paulinho da Força e Gabriel Chalita. 

  • "Citados negam ilícitos e competência para medidas é questionada"

  • "Líderes veem risco para Temer em denúncia" - Os líderes partidários não garantem que a denúncia contra Temer será rejeitada

  • "Investigado, Kassab submerge e PSD se divide"

  • "Moro pode superar 'núcleo político' alvo do mensalão" - A reportagem compara o número de condenações do mensalão e as julgadas por Sérgio Moro.

  • "Lava Jato apura venda de hospital de irmão de Palocci"
  • "Crise política põe em risco meta fiscal"
  • "Impacto da JBS na carne será longo, avalia Maggi"
 
 
  • CAPA – Manchete principal: “Meta fiscal depende mais ainda de receitas extras”
  • “Arrecadação patina e eleva peso de receita extra” - Analistas alertam que muitas das receitas extras projetadas atualmente oferecem risco, como concessões e permissões nas áreas de petróleo, gás e energia, e principalmente as que devem resultar de Medidas Provisórias (MPs) ainda sujeitas a alterações, como o novo Refis - o Programa Especial de Regularização Tributária (Pert) - e a reoneração da folha de pagamentos. A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão do Senado que elabora estimativas para as receitas do governo central, calcula para 2017 total de R$ 71,92 bilhões em receitas extraordinárias.
  • “Quatro meses depois de autorizada, venda da Cedae permanece emperrada”
  • “Retomada de imóvel de inadimplente no 'Minha Casa' depende de aprovação de MP”
  • “BNDES pode elevar subsídio em capital de giro para empresa média”
  • “Reforma trabalhista complica as finanças e reduz poder de sindicatos” - O texto atual da reforma trabalhista impõe um desafio muito maior do que o fim do imposto sindical às entidades que representam os trabalhadores. Especialistas ouvidos pelo Valor apontam pelo menos outros cinco pontos que retirariam relevância dos sindicatos caso o Projeto de Lei 6.787, que tramita no Senado como PLC 38, seja aprovado em definitivo. Fazem parte do grupo o fim da homologação obrigatória feita pelos sindicatos para demitidos com mais de um ano de serviço, fim da obrigatoriedade por parte das empresas de notificação de demissões coletivas, possibilidade de negociação direta entre empresas e trabalhadores de banco de horas, de eleição de representantes nos locais de trabalho não necessariamente ligados às entidades sindicais e total liberdade para que funcionários com remuneração superior a R$ 11 mil negociem diretamente suas condições de trabalho. "O projeto privilegia a relação entre indivíduos, e não entre coletivos", diz Regina Camargos, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
  • “Governador do PT pede 'maturidade' da esquerda” - Afilhado político dos irmãos Ciro e Cid Gomes, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), defende a "maturidade" e "união" da esquerda e centro-esquerda para a sucessão presidencial em 2018, preferencialmente com o lançamento de uma candidatura única. Santana apoia a construção de uma frente para aglutinar partidos como PT, PCdoB, PDT, PSB e Psol e evitar a pulverização de candidatos dessas legendas. Para o governador petista, a esquerda precisa estar coesa e preparada para enfrentar uma eventual "candidatura Trump", devido ao descrédito da classe política junto à boa parte da população.
  • “Câmara paralisa agenda do Senado contrária à Lava-Jato”
  • “Em oposição a Temer, PSB fará trocas na CCJ”
 

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